Líder no setor de mobilidade aérea urbana, a EHang foi responsável pelo primeiro teste com veículo autônomo elétrico nos Estados Unidos
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Em 2018, um relatório da Morgan Stanley estimava que o tráfego aéreo de drones tripulados seria comum nas grandes cidades a partir de 2040. Ainda faltam 20 anos, mas os primeiros voos comerciais de veículos autônomos com passageiros podem ocorrer já em 2020, uma vez que diversas barreiras com relação à mobilidade aérea estão sendo superadas rapidamente.
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Diversas empresas no mundo, como Volocopter e Uber, estão desenvolvendo tecnologias e pretendem lançar táxis voadores em um futuro breve, porém a startup chinesa EHang parece estar um pouco mais à frente. A empresa criou um documento em que apresenta diretrizes básicas que podem se tornar fundamentais para a consolidação de um modelo de operação e de negócio para o setor: um plano de mobilidade aérea urbana (UAM).
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A EHang é responsável por alguns feitos recentes na área e já realizou mais de 2 mil ensaios com veículos voadores. Foi a responsável por testar um táxi autônomo pela primeira vez nos Estados Unidos e já conseguiu autorizações para novos experimentos na Europa.
O plano de UAM defendido pela chinesa tem um controle central e de rotas pré-estabelecidas. Os táxis voadores da empresa já são produzidos com base nas características do plano, o que deve agilizar para que a ideia saia do papel para o espaço aéreo das cidades.
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Os veículos se pareceriam mais com ônibus sob demanda do que com que o serviço tradicional de deslocamento. Toda a movimentação dos veículos voadores seria controlada por uma plataforma digital que ainda não foi criada, avaliando o tráfego aéreo dos veículos com pouca ou nenhuma interferência humana.
Os principais componentes para o sistema UAM, segundo a EHang, seriam os veículos autônomos e/ou elétricos, a plataforma de comando e controle, o sistema de navegação e posicionamento e os pontos de base, incluindo locais de pouso, carregamento e interface. Em geral, as principais funções incluiriam o transporte de passageiros e cargas dentro de uma área metropolitana. O sistema seria formado por células independentes, com cada ponto da rede cobrindo zonas específicas.
A segurança, as cidades inteligentes e o gerenciamento integrado de sistema de computadores são os três princípios fundamentais de um sistema UAM moderno, segundo a EHang. Dada a sua natureza inovadora e disruptiva, a mobilidade aérea urbana tem vantagens sobre os modos tradicionais, e o transporte urbano do futuro deve ser suave, inteligente, eficiente e ecológico, defende a empresa.
A chegada das redes 5G continuará fortalecendo a função e os recursos das plataformas de mobilidade aérea, tornando possível o comando à distância, mais seguro e eficiente, para uma variedade maior de veículos autônomos voadores.
A primeira rota de UAM do mundo foi inaugurada pela EHang em maio de 2019. O serviço foi lançado na província de Zhejiang, na China, e conecta um porto a um hotel boutique em uma ilhota. A rota reduziu significativamente a viagem de 40 minutos por terra para um deslocamento aéreo de 5 minutos.
O feito estabeleceu um marco importante para o desenvolvimento da indústria de UAM e pode colaborar com o meio ambiente. A EHang defende que um sistema de mobilidade aérea urbana movido a eletricidade, que substitui os carros movidos a gás existentes, pode reduzir significativamente as emissões de carbono e melhorar a qualidade do ar nas áreas urbanas.
Fonte: EHang, Evtol, Starse
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