Estudo da FGV aponta relação entre iluminação pública eficiente e redução de índices de criminalidade
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A iluminação das ruas ajuda a evitar acidentes em meios-fios, buracos e irregularidades e pode reduzir a ocorrência de crimes. Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) demonstrou que ela também tem impacto significativo na queda da taxa de assassinatos em vias públicas.
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Além disso, a luminosidade noturna torna a cidade mais atraente, criando elos entre espaços urbanos e promovendo a sociabilidade. A ferramenta, portanto, pode ser utilizada para melhorar o design de espaços públicos e fortalecer o bem-estar das pessoas.
Todavia, a iluminação pública gera uma despesa considerável para os cofres públicos, especialmente quando recursos são mal utilizados, como luzes ligadas durante o dia. Uma gestão eficiente permite diminuir o consumo energético com a utilização de tecnologias para eliminar o desperdício, identificar os espaços urbanos com déficit de pontos de luz e corrigir áreas sem visibilidade.
Conheça quatro ideias para iluminar as ruas com eficiência e segurança.
As regiões de uma cidade têm necessidades diferentes, portanto o planejamento da iluminação deve ser realizado de forma estratégica e adaptada para cada local. Pesquisas de campo são fundamentais para que o gestor público identifique quais pontos precisam ser iluminados e de que maneira isso deve ser feito.
A avaliação deve subsidiar decisões importantes, como a definição do espaçamento e a posição de postes, sinais e pontos de iluminação pública.
Falhas, como luzes apagadas durante a noite ou acesas durante o dia, são comuns nas ruas de qualquer cidade. Para evitar esses problemas, é necessário realizar monitoramento constante do serviço de iluminação pública, o que pode ser feito com dispositivos tecnológicos, presença de equipes de manutenção em campo e até ajuda da população.
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Um sistema de monitoramento inteligente por meio de sensores permite identificar a luz do dia para acender ou apagar os postes de forma automática ou remota. Essa ferramenta pode, ainda, identificar excesso de consumo em determinados pontos e indicar quando uma lâmpada está próxima do fim de sua vida útil.
Além disso, estabelecer canais de comunicação com a população pode ampliar a fiscalização para corrigir eventuais defeitos. Funcionários comprometidos e proativos são fundamentais para verificar a ocorrência de problemas e garantir a troca, em tempo hábil, de lâmpadas queimadas, fiações e outros itens que possam estar danificados.
A iluminação pública com lâmpadas de alta pressão que produzem luz a partir de reações químicas vem sendo substituída por tecnologias mais eficientes. Lâmpadas de LED consomem menos energia, têm maior durabilidade e agridem menos o meio ambiente.
Pequenas placas de captação de luz solar instaladas em postes podem acumular energia elétrica durante o dia para ser utilizada durante a noite, reduzindo a conta da iluminação pública da cidade. Mas existem propostas mais ousadas para o uso de fontes sustentáveis de energia.
O que considerar em um bom planejamento de calçadas?
Sydney, na Austrália, por exemplo, fechou um contrato com uma empresa de gestão de eletricidade para fornecer toda a energia elétrica usada pelo poder público a partir de fazendas de energias renováveis, promovendo envolvimento da comunidade e geração de empregos.
Fonte: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Fundação Getulio Vargas (FGV), O Setor Elétrico, Glight, Sovis, Iluminim