Conheça 5 cidades que se inspiraram na capital sueca e aderiram ao modelo de segurança viária do Visão Zero
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Propostas de sistemas seguros de mobilidade, como o Visão Zero, adotado na Suécia, tem sido cada vez mais comuns. A Organização das Nações Unidas (ONU), por exemplo, estabeleceu a meta de reduzir as mortes no trânsito pela metade até 2030.
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O país se tornou uma referência por ter um dos trânsitos mais seguros no mundo a partir da adoção de medidas simples, como a redução de velocidade máxima em vias com fluxo intenso de pedestres. Diante disso, muitas cidades ao redor do mundo têm implantado iniciativas semelhantes. Conheça alguma delas — a começar, é claro, pela capital sueca!
A capital da Suécia tem quase 10 milhões de habitantes, mas seu o trânsito, que poderia ser caótico, é um exemplo para o mundo porque é pautado no Visão Zero, modelo que visa zerar as mortes em deslocamentos.
Essa é uma aposta que se refere a um novo conceito de mobilidade. Além de um potencial de investimento maior em infraestrutura, que é uma variável importante em relação à ocorrência de acidentes, a cidade possui uma cultura de transporte seguro que orienta a atenção pública ao assunto.
Não à toa, o encontro das Nações Unidas que estabeleceu a meta de reduzir as mortes no trânsito foi realizado lá, onde nasceu a Declaração de Estocolmo.
Em Nova York, carros, ônibus, trens, metrôs e bicicletas concorrem pelo espaço viário. Até mesmo o céu da cidade é disputado: o tráfego aéreo é o mais movimentado do mundo. Por isso, a cidade mais populosa dos Estados Unidos decidiu se inspirar na capital sueca para reduzir os índices de mortalidade no trânsito.
A fim de atingir esse objetivo, o poder público local tem agido para pouco a pouco transformar a cidade em um ambiente mais amistoso para pedestres: o governo tem planejado medidas como novo design urbano, melhoria da infraestrutura e redução da velocidade nas vias compartilhadas.
Além disso, a cidade vem pensando em reduzir o fluxo de veículos pessoais e dar mais centralidade ao transporte coletivo e à mobilidade ativa. Um exemplo é a política de pedágio urbano: no período comercial, os motoristas que decidirem transitar de carro particular na região central deverão pagar uma taxa a ser investida em modais alternativos, mais seguros e sustentáveis.
A capital holandesa é o paraíso de qualquer ciclista: a cidade está entre as capitais mundiais que mais fazem uso desse modal. É comum que cidadãos tenham esse como o principal instrumento de transporte e até mesmo possuam diversas bicicletas espalhadas em pontos estratégicos da cidade.
Mas nem sempre foi assim. Há algumas décadas, Amsterdã apresentava índices alarmantes de mortalidade no trânsito, e foi necessário um duro período de adaptação para que os cidadãos gozassem de um sistema de segurança viária. Atualmente, a Holanda tem um dos menores números de incidentes.
As cidades gêmeas estão na lista das que buscam segurança viária. Minneapolis e Saint Paul, capital do estado de Minnesota, nos Estados Unidos, formam uma conurbação urbana com tráfego intenso. Mas a gelada região, famosa por abrigar mais de 10 mil lagos, quer ser também ser conhecida pela qualidade na segurança do trânsito.
Em 2019, o estado todo teve 364 mortes. A meta é que em 2025 esse número não ultrapasse a marca de 225 óbitos — um horizonte desafiador, diante de um trânsito intenso e um modelo centrado no carro particular.
A capital neozelandesa, Wellington, é uma cidade com pouco mais de 200 mil habitantes e poucas mortes no trânsito, a julgar pela média de outros países — sobretudo de outras capitais.
Mas a meta da cidade da Nova Zelândia é tão ousada quanto a de Estocolmo: a Estrada para Zero Mortes objetiva zerar as mortes no trânsito até 2030. Apesar de a meta ser de difícil execução, ela cumpre um objetivo didático: não há mortes inevitáveis no trânsito. Por isso, as cidades precisam trabalhar no sentido de reorganizar seu layout e criar políticas cada vez mais seguras.
Fonte: NZ, Minnesota, Holanda, The City Fix Brasil.
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