Sistema de transporte de Londres começou a operar em 1863 e passou por várias transformações ao longo dos anos
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O metrô mais antigo do mundo é o de Londres (Inglaterra), com 158 anos de operação. Sua inauguração trouxe lições valiosas sobre mobilidade que são importantes até hoje.
O London Underground teve as operações iniciadas em 10 de janeiro de 1863, com 30 mil passageiros já no primeiro dia de transporte. Atualmente, mais de 5 milhões de pessoas usam o sistema diariamente para cruzar a capital.
Ainda no século 19 já havia uma preocupação em oferecer um modelo alternativo de transporte para escapar de congestionamentos, considerando que a região central de Londres estava sobrecarregada de veículos de tração animal como charretes e alta quantidade de pessoas a pé.
A primeira linha tinha 6 quilômetros, era composta por sete estações e usava locomotivas bastante simples, movidas a vapor e com estrutura de madeira. Ao todo, a viagem entre os extremos de Paddington e Farringdon levava cerca de 18 minutos, com picos nos horários de entrada e de saída de serviços.
Essa rota foi construída como parte da Metropolitan Railway, a via metropolitana que deu origem ao termo “metrô”. Em dezembro de 1890, o serviço se modernizou com o sistema subterrâneo de trilhos eletrificados.
O apelido do sistema de metrôs é “The Tube” (O Tubo), adotado graças aos inovadores túneis que foram abertos em uma profundidade maior para abrigar somente o conjunto de trens subterrâneos. Ainda assim, ele não é feito totalmente debaixo da terra: 55% das vias ficam na superfície.
A unificação do que seria conhecido como London Underground levou mais tempo, afinal as primeiras linhas eram construídas e mantidas por companhias privadas, sem integração entre as plataformas.
Em 1933, o London Passenger Transport Board foi criado, permitindo uma administração mais completa do sistema de transporte da cidade. Em 1948, o serviço foi passado para a British Transport Comission (BTC), uma instituição estatal que finalizou a construção de linhas e ampliou o acesso a outras áreas da cidade.
O metrô de Londres é uma prova de que plataformas antigas podem ser reformuladas sem perderem a identidade. Melhorias realizadas na última década ampliaram a recepção de sinal mesmo nos túneis subterrâneos, permitindo a utilização de redes de telefonia celular e até Wi-Fi nos vagões.
O London Underground também foi o primeiro metrô do mundo a oferecer serviços noturnos, a partir de 2014, embora em uma operação bem mais limitada do que na linha tradicional.
Atualmente, ele é composto de 11 linhas com 270 estações e um trajeto total que consiste em 402 quilômetros. Por muito tempo, foi o maior metrô do mundo em extensão, até ser superado pelos de Xangai (570 quilômetros) e Pequim (465 quilômetros), ambos na China, e pelo de Nova York (465 quilômetros), nos Estados Unidos.
Ainda assim, ele não escapa de críticas: vagões lotados e falta de estações em certas regiões da cidade ainda são um problema, apesar de o sistema já ter recebido diversas obras para melhorar a estrutura e o acesso.
Vale lembrar que o primeiro metrô do Brasil, localizado em São Paulo (SP), iniciou as atividades em 1974.
Fonte: Transport for London, London Transport Museum
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