Experimentos revelam tendências no que diz respeito ao transporte do futuro
Publicidade
A crescente onda de testes com carros autônomos tem mostrado que veículos sem motorista já não são mais uma utopia há um bom tempo. Empresas como Uber, Didi, Apple e Google têm se empenhado bastante nesse segmento. Tal panorama aponta para um futuro cada vez mais inevitável, em que a automação e a inteligência artificial ganharão de vez as ruas.
Conheça o mais importante evento de mobilidade do Brasil
Veículos e diferentes níveis de automação têm sido testados no mundo todo e, embora ainda apresentem entraves, como a imprevisibilidade do próprio fluxo das ruas e estradas, são aperfeiçoados a cada novo experimento.
Segundo o Departamento de Transportes dos Estados Unidos, 80 empresas em 36 estados testam mais de 1,4 mil veículos autônomos só no país. Confira alguns carros autônomos que já foram testados no Brasil e no mundo.
(Fonte: Hitech/Divulgação)
Para mostrar que os carros autônomos são uma realidade mais próxima do que muitos pensam, é interessante mencionar o e.coTech4 Autônomo, recém-lançado no Brasil pela empresa paranaense Hitech.
Trata-se do primeiro carro autônomo comercializado no país e está no nível quatro de automação (a maioria dos carros autônomos está no nível dois). Isso quer dizer que ele é capaz de transportar cargas e passageiros mediante o controle de um computador, sem a intervenção de um motorista.
Brasil é o país menos preparado para receber carros autônomos
Por meio de sensores, o veículo é capaz de reconhecer obstáculos em até 50 metros de distância e consegue responder rápido o suficiente para um trajeto seguro com a velocidade máxima do carro, que é de 50 km/h. Indicado para circulação interna, o e.coTech4 pode ser solicitado por aplicativo para circular em pátios de órgãos públicos, aeroportos ou empresas.
Ainda no Brasil, em 2009, muitos anos antes do bem-sucedido lançamento do e.coTech4, pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) deram início a um projeto de carro que seria o primeiro veículo autônomo brasileiro a trafegar em vias urbanas e em rodovias sem intervenção humana.
O Iara realizou em maio de 2017 um trajeto de 74 km entre o campus de Goiabeiras, em Vitória, e a praia de Meaípe, em Guarapari.
Por que a Uber e a DiDi investem em carros autônomos?
“Poucos carros autônomos no mundo estão rodando em vias urbanas e rodovias. No Brasil, além da Ufes, existem pesquisas nessa área nas universidades de São Paulo e de Minas Gerais: “mas nosso carro apresentou uma autonomia inédita, sendo o primeiro a trafegar em vias públicas e percorrer três municípios ”, afirmou Alberto Ferreira de Souza, o professor e coordenador do projeto à época do teste em Guarapari.
A cidade de Nova York é uma das grandes do mundo a se abrirem para a realização de testes com carros autônomos. Seis carros da Polaris, sob o controle da startup Optimus Ride, foram autorizados a circular em um antigo estaleiro da marinha dos Estados Unidos, em uma área de 1.214.057 m², contendo 400 empresas e 10 mil trabalhadores — uma espécie de cidade dentro de outra (condição bastante propícia para testes do tipo).
Carros autônomos transportam passageiros em Nova York
Os experimentos iniciaram-se em meados de 2019. Neles, os passageiros eram acompanhados de perto por um motorista de segurança, para assumir o volante caso fosse necessário, e um operador de software (responsável pela coleta de dados fundamentais ao desenvolvimento de um sistema abrangente de tecnologia sem motorista).
Além de carros autônomos, existem caminhões, ônibus e até barcas sem ninguém ao volante que também estão passando por testes. É o caso da chamada cápsula de transporte autônoma, testada no Reino Unido e considerada o primeiro ônibus a carregar pessoas sem a supervisão de um motorista.
Os testes realizados pela Universidade de Loughborough aconteceu dentro de um shopping e tinham caráter educativo: a ideia era apresentar o transporte público autônomo às pessoas e verificar de que forma elas reagiriam à proposta.
Fonte: UFES, The New York Times, Estadão.
Curtiu o assunto? Clique aqui e saiba mais sobre como a mobilidade pode melhorar os espaços.