Empresas de automóveis trabalham em novas tecnologias para reduzir o preço de veículos com capacidades autônomas
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Tornar os veículos autônomos mais acessíveis seria um importante passo para reduzir as colisões e fatalidades no trânsito. Segundo dados de 2019 da Organização Mundial da Saúde, mais de 1,35 milhãode pessoas morrem todos os anos em acidentes de carros.
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Nesse sentido, criar serviços mecanizados que reduzam os erros humanos e sejam capazes de prever falhas é uma das tendências para as próximas décadas no mercado de mobilidade urbana.
Mesmo que os veículos completamente autônomos ainda não sejam totalmente realidade, algumas empresas já realizaram iniciativas para baratear tecnologias que equipem os automóveis com recursos parcialmente autônomos. São os casos do Cruise RP-1 ou o sistema Light Detection and Ranging, ou Detecção de Luz e Alcance (LIDAR).
O Cruise RR-1 e a tecnologia Lidar são sistemas que adaptam veículos modernos para operar com algumas funcionalidades autônomas com um custeamento abaixo do que se encontra no mercado atualmente.
A Cruise é uma empresa com sede nos Estados Unidos que tem como foco desenvolver novas tecnologias que transformem o futuro da mobilidade urbana. A criação do RP-1 – projeto principal da empresa para a direção autônoma – abre portas para que, futuramente, qualquer tipo de veículo moderno consiga se adaptar a uma plataforma de funcionamento parcial ou totalmente autônoma.
Desde 2016 a Cruise realiza testes da Cruise RP-1 em veículos da Audi. O RP-1 é um kit com diversos sensores instalados no topo de um carro para auxiliá-lo em uma condução parcialmente autônoma durante certas condições meteorológicas. O recurso criado pela Cruise possibilita a um automóvel dirigir sozinho em estradas, fazer curvas e ultrapassar veículos com autonomia parcial.
A tecnologia da startup americana tem problemas para operar sob chuva e neblina e também não funciona durante à noite. O preço para implantar o Cruise RP-1 em um carro é de US$ 10 mil. Nos EUA, por questões legislativas, os testes vêm sendo feitos no estado da Califórnia e nos modelos A4 e S4 da Audi.
Por ser uma tecnologia ainda recente e inovadora, é normal que o Cruise RP-1 seja encontrado por um preço mais elevado no mercado. Mas a tendência é que, com o contínuo progresso em tecnologias de direção autônoma, esse tipo de serviço seja cada vez mais comum e acessível para os amantes das quatro rodas no mundo inteiro.
O Light Detection and Ranging, ou Detecção de Luz e Alcance (Lidar) é um sistema de lasers giratórios instalados, geralmente, no topo dos veículos, que é capaz de montar uma projeção em 3D dos objetos ao redor do carro e fazer com que um software, por meio de análises, consiga desviar de qualquer colisão. É baseado neste tipo de operação que o Cruise RP-1 funciona, por exemplo. Porém, a alta tecnologia ainda encontra um preço elevado no mercado.
Por muito tempo acreditou-se que somente câmeras da mais alta qualidade seriam capazes de exercer as funções de um programa Lidar. Mas um estudo promete transformar esse panorama: pesquisadores da Universidade de Cornell, em Nova York, conduziram experimentos com câmeras de qualidade inferior capazes de reproduzir as funções do Lidar.
Ao posicionar duas lentes estereoscópicas nos dois lados do veículo, atrás do parabrisa, a equipe conseguiu imitar os dados em 3D feitos pelas tecnologias mais modernas, porém com um custo reduzido. Entretanto, tudo ainda passa por experimentações. O projeto da Cornell pode ser uma saída para tecnologias autônomas mais acessíveis no futuro, mas o Lidar continua sendo o mais confiável por hora.
Fonte: Gizmodo, Tecmundo, Forbes, SBMT e Cruise
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