Acidente ocorreu nos EUA e envolveu um veículo utilizado pela Uber
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O Conselho Nacional de Segurança de Transporte dos Estados Unidos (NTSB) divulgou um relatório em novembro deste ano sobre um acidente fatal envolvendo um carro autônomo utilizado pela Uber no país. A instituição constatou a ineficiência da inteligência artificial nos veículos da empresa que, em teoria, não necessitam de um motorista.
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A fatalidade ocorreu em março de 2018 na cidade de Tempe, no Arizona. Uma pedestre foi atropelada por um dos carros autônomos da Uber, um Volvo XC90. Elaine Herzberg faleceu, aos 49 anos de idade, porque o software do automóvel não identificou a vítima como uma pessoa por ela estar fora da faixa de pedestres.
Os investigadores responsáveis pelo processo detectaram diversos erros humanos que teriam levado à morte da vítima. Entre as principais causas está o fato de que a motorista responsável pela segurança da viagem e do veículo, Rafaela Vasquez, utilizava o celular para assistir a vídeos no momento do acidente, fator que infringe as regras da própria Uber.
Segundo o NTSB, não havia uma proposta viável de segurança por parte do Grupo de Tecnologias Avançadas da Uber nem um documento que orientasse melhor os funcionários para que pudessem atuar com segurança e responsabilidade. Além disso, o investigador sênior de acidentes rodoviários do Conselho, Michael Fox, exaltou que a empresa “não tinha uma divisão de segurança nem um gerente de segurança dedicado, responsável pela avaliação e mitigação de riscos”.
Durante sua gestão, o ex-Presidente Barack Obama estabeleceu orientações de segurança voluntária para serem aplicadas nos testes realizados com carros autônomos. Entretanto, havia certo receio de que existissem restrições que pudessem reprimir a inovação tecnológica que envolve esses automóveis.
O atual presidente, Donald Trump, aplicou diretrizes ainda mais suaves, suprimindo um comitê federal para a automação de veículos, o que seria um recurso crítico com o intuito de apoiar o Departamento de Transportes.
Atualmente, não existem leis governamentais que exijam dos operadores a segurança dos veículos e não há imposição legal de que os carros sejam testados. O gerente de projetos e investigador de desempenho humano do Office of Highway Safety, Ensar Becic, afirmou que “apenas 16 empresas enviaram relatórios voluntários de segurança à Administração Nacional de Segurança Rodoviária (NHTSA), muitos dos quais representam pouco mais do que ‘folhetos de marketing'”.
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Fonte: The Verge