O setor não deixará de existir, mas exigirá mudanças significativas
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Frente a um futuro com carros autônomos, muitos se perguntam qual será a utilidade dos estacionamentos. Os carros autônomos são capazes de se movimentar sem um condutor, levar o cliente até o destino e seguir ir em busca de outro.
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No entanto, em algum momento esses veículos necessitam de limpeza, abastecimento ou mesmo recarga. Por isso, o mercado que gira cerca de US$ 100 bilhões está pronto para crescer e passar por mudanças significativas.
A questão se refere a como as garagens podem se reinventar e como toda a cidade pode se beneficiar com isso. O estacionamento na rua, por exemplo, é um problema nos grandes centros urbanos, mas em grande parte é subutilizado, e o resultado é uma grande perda para todos.
De acordo com uma pesquisa da IBM, a procura por vagas nas ruas consome de 13 minutos a 32 minutos, representa até 30% do tráfego e ainda produz emissões nocivas para o meio ambiente.
Para tentar solucionar o problema, algumas empresas adotam tecnologias que oferecem em tempo real a disponibilidade de vagas em lugares públicos e em garagens privadas, mas isso não soluciona a questão por completo.
Os estacionamentos públicos poderiam ter usos mais produtivos, com novas faixas de tráfego, por exemplo, que auxiliariam o fluxo de trânsito.
Mesmo a instalação de ciclovias seguras ou calçadas maiores e com estrutura planejada a longo prazo incentivariam a redução da utilização de veículos e consequentemente a procura por vagas para estacionar na rua.
Adotando medidas de compartilhamento, as cidades poderiam compensar a perda da arrecadação dos estacionamentos com novas taxas para empresas de transporte free floating, em que os veículos alugados não têm pontos fixos de entrega ou retirada, como Yellow e Grin com suas patinetes e bicicletas.
Entretanto, isso não significa o fim dos estacionamentos, mas uma adaptação da cidade e a evolução de serviços ofertados pelas empresas do setor de garagem. Com a introdução de veículos autônomos, essas companhias deveriam ter em mente quais serão as demandas da categoria e dos novos consumidores.
A Zirx, por exemplo, startup que oferece serviços de manobrista, percebeu a necessidade e passou a fornecer a função de gerenciamento de frotas para o transporte free floating. É provável que algo parecido seja necessário para os veículos autônomos.
Certamente o setor evoluirá significativamente, e essa mudança pode ocorrer de forma lenta, com o auxílio de tecnologia avançada e novos serviços.
Fontes: TechCrunch, IBM.