Mustang Mach-E Rally é baseado na versão elétrica do famoso esportivo de rua e foi apresentado no Festival de Velocidade de Goodwood
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O automobilismo sempre foi associado ao ronco de motores e ao cheiro de gasolina. Enquanto isso, carros elétricos costumam ser vistos somente como uma opção econômica e sustentável. Entretanto, com motores potentes e torque instantâneo, eles também podem surpreender pela esportividade. É o caso deste Ford Mustang Mach-E Rally, apresentado recentemente.
Trata-se de uma nova versão do já conhecido Mustang Mach-E elétrico, agora preparada para corridas fora-de-estrada e provas de subida de montanha.
O modelo foi mostrado ao mundo justamente durante o Festival de Velocidade de Goodwood, em julho. Sediado no sul da Inglaterra há 30 anos, o Festival de Goodwood reúne mais de 100 mil fãs desse tipo de corrida. Muitas marcas, assim como a Ford, aproveitam para lançar novos modelos para os entusiastas. Dito isso, é uma das primeiras vezes que vemos um SUV elétrico nesse contexto.
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Com efeito, o Mustang Mach-E causou certa polêmica quando foi introduzido ao público, em novembro de 2019. Afinal, é um SUV elétrico que se inspira no design e tem o mesmo nome do lendário Ford Mustang — um dos esportivos estadunidenses mais famosos do último século.
Porém, logo no lançamento, cerca de um ano depois do anúncio, a imprensa especializada pôde comprovar que o Mustang elétrico fazia justiça a seu nome esportivo. Publicações como a Car and Driver estadunidense elogiaram a dinâmica de condução do modelo, que chegou a vencer o prêmio de SUV Norte-Americano do Ano, em 2021.
Na versão mais potente à venda atualmente, denominada GT, o Ford Mustang Mach-E conta com dois motores elétricos, sendo um em cada eixo. Esse conjunto oferece 486 cavalos e 82,9 kgfm de torque — são 3 cv e 26,2 kgfm de torque a mais que a versão 5.0 V8 à combustão.
Assim, o Ford Mustang Mach-E GT é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos — 1,1 segundo mais veloz do que o modelo a combustão. A Ford não anunciou qual é o motor instalado no Mach-E Rally, mas se a potência da versão GT se mantiver, com certeza ele é bem rápido.
Para comprovar a vocação do Mustang Mach-E Rally para o automobilismo, a Ford convidou seu piloto oficial, o estoniano Ott Tanak, para subir as colinas de Goodwood com o modelo.
Durante o evento, a Ford também anunciou que uma versão de produção do Mustang Mach-E Rally será disponibilizada ao público geral em algum momento de 2023. Em relação às versões atualmente em linha, o Mach-E Rally traz diversas mudanças que o tornam mais esportivo, além de mais resistente para o fora-de-estrada.
Aliás, os materiais de divulgação da fabricante estadunidense destacam que esse modelo Rally aproxima a marca Mustang da lama, ambiente onde esteve pouquíssimas vezes em quase seis décadas de história.
As modificações começam pelas rodas com acabamento branco liso e os pneus mais robustos, com uma banda de rodagem bem maior. Há também um body kit, com paralamas mais largos e saias na parte inferior.
Na frente, há um acabamento preto fosco no local onde estaria a grade em um modelo à gasolina (os carros elétricos não precisam de ventilação no motor). Nesta seção, encontram-se também os faróis de neblina, ausentes no Mustang Mach-E de produção normal. Por fim, a dianteira traz ainda um gancho de reboque, para desprendê-lo de atoleiros.
Vale lembrar que a versão GT do Ford Mustang Mach-E possui um motor em cada eixo, o que lhe confere tração nas quatro rodas — essencial para os ralis.
No interior, o modelo é semelhante ao Mustang Mach–E comum. O grande destaque é a tela sensível ao toque no meio do painel, por onde o motorista controla a maioria das funções. Os bancos são esportivos, para que o condutor tenha conforto mesmo nas curvas em alta velocidade. Há capacidade para cinco pessoas no interior.
Em sua nota à imprensa, o vice-presidente do Programa de Veículos Elétricos da Ford, Darren Palmer, disse que o Mach-E comum já oferecia a mesma esportividade do famoso Mustang à combustão. “Agora, o Mustang Mach-E Rally oferece também a liberdade de se aventurar fora do asfalto e ir além dos caminhos comuns”, completa.
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