Nos últimos seis meses, 11 cidades paulistas elevaram as tarifas de ônibus para R$ 5. A medida, que passou a valer no final de abril, foi divulgada pelo Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo (Cioeste) às vésperas do feriado de Tiradentes, faltando poucas horas para começar a valer o novo valor.
A falta de ajuda financeira da União para bancar as gratuidades do transporte foi apontada pelos municípios como o principal motivo para o aumento da tarifa. As cidades afetadas pela medida foram: Araçariguama, Barueri, Cajamar, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba, São Roque e Vargem Grande Paulista.
Durante o anúncio, apenas Cotia, cidade que também faz parte do Cioeste, optou por não aumentar o valor da tarifa. No entanto, um dia depois da notícia de reajuste nas demais cidades do consórcio, o município voltou atrás e também decidiu elevar a tarifa para R$ 5.
Apesar de ainda não ter anunciado nenhum reajuste, a capital paulista vem tentando achar soluções para conseguir manter o valor do transporte coletivo em R$ 4,40. Outras cidades do Estado de São Paulo, como Diadema, Guarulhos e Ubatuba, também aumentaram as tarifas nos últimos meses.
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Aumento das tarifas no Brasil
Esse tipo de aumento tem sido comum em todo o Brasil. Os ajustes começaram já nos primeiros dias de janeiro, quando Fortaleza (CE) decidiu elevar o valor de R$ 3,60 para R$ 3,90. Em seguida, foi a vez de Boa Vista (RR), que estipulou preço da passagem em R$ 4,50.
Recentemente, Cuiabá (MT) foi alvo de notícias após decidir aumentar o valor da tarifa de ônibus para R$ 4,95. A decisão foi recebida com críticas por parte da população, virando até mesmo alvo de ação judicial para redução do valor — a Vara de Ação Civil Pública e Popular decidiu rejeitar o pedido. Curitiba estipulou o valor da passagem em R$ 5,50.
Além da alta dos preços dos combustíveis, os prejuízos que as empresas de ônibus tiveram nos primeiros dois anos da pandemia de covid-19 e a gratuidade no transporte de algumas categorias estão sendo apontados como os principais fatores para o aumento da tarifa.
Fonte: Mobilize, Diário do Transporte.