Conheça o Uber Air, o carro voador da Uber

27 de julho de 2020 4 mins. de leitura

Serviço está previsto para 2023 e tem São Paulo e Rio de Janeiro na lista de cidades-piloto

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Uma novidade em desenvolvimento pela Uber tende a revolucionar a mobilidade urbana: o Uber Air, com lançamento previsto para 2023, promete se incorporar ao rol de serviços da companhia e garantir ótima relação custo-benefício para táxi aéreo.

Assim como os helicópteros, os veículos usados terão decolagem vertical e serão pensados para pequenos deslocamentos cotidianos, com pouco menos de 100 quilômetros de autonomia.

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O abastecimento das aeronaves será por eletricidade, que gera poluição ambiental e auditiva próxima de zero. Há previsão de implementação desses veículos em diversas cidades do mundo, e o Brasil está na lista para receber os testes, sendo São Paulo e Rio de Janeiro as candidatas mais prováveis.

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As experiências podem começar ainda neste ano, e a Embraer já foi contratada pela Uber para desenvolver um veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (eVTOL). Como os modelos estão sendo construídos de forma regionalizada (diversas empresas estão desenvolvendo protótipos similares no mundo), é possível que haja pequenas adaptações em cada projeto, mas as tendências gerais devem ser as mesmas, como velocidade, capacidade de passageiros e cuidados de segurança.

Operação

Protótipo do veículo que operará no Uber Air. (Fonte: Uber/divulgação)

A companhia estima que, inicialmente, os carros voadores devam funcionar com quatro vagas e um motorista, que estará apto para resolver possíveis problemas e oferecer segurança aos passageiros enquanto a oferta ganha credibilidade. Na sequência, porém, o lugar ocupado por ele será transformado em uma quinta vaga para cliente.

Embora a ideia possa assustar a princípio, a engenharia ligada aos carros autônomos tem como principal desafio a previsibilidade do comportamento dos demais integrantes do trânsito: o movimento de carros, pedestres, semáforos e outras variáveis tornam especialmente complexa a programação do veículo autônomo em terra, o que no ar pode ser bastante simplificado.

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Os veículos serão elétricos e terão autonomia de 96,5 quilômetros, pensados para pequenos trajetos, por isso não têm espaço para malas muito grandes. Se a capacidade não impressiona, a velocidade, sim: é previsto que eles transitem entre 240 quilômetros por hora e 320 quilômetros por hora, o que permite uma viagem de 30 quilômetros, entre um aeroporto e uma planta industrial, por exemplo, em até seis minutos. O mesmo trajeto de carro, sob trânsito moderado, levaria cerca de uma hora.

Além disso, devem funcionar a partir de Skyports, bases para os veículos aéreos. A ideia é que esses eVTOLs partam desses pontos, nos quais serão recarregados entre uma corrida e outra. Segundo a companhia, os espaços devem ficar próximos de locais com grande potencial de demanda, como centros esportivos, econômicos e industriais.

Tráfego aéreo

Ainda há uma série de questões em aberto em relação ao tráfego aéreo, sobretudo ao considerar que São Paulo e Rio de Janeiro têm aeroportos dispostos na área urbana (Congonhas e Santos Dumont). De acordo com a aproximação do calendário de testes, ainda não anunciado em definitivo pela Uber, aspectos operacionais serão apresentados em mais detalhes.

O céu nova-iorquino é o mais movimentado de todas as cidades do mundo. Além de carros, bicicletas, ônibus, metrôs e os tradicionais táxis amarelos, a mobilidade da cidade conta com pequenos aviões e helicópteros, incluindo o Uber Copter, serviço da plataforma que permite o agendamento de corridas, tal como já é tradicional nos carros.

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A atividade entrou em teste em São Paulo em 2016, mas o Uber Air tende a se consolidar com mais facilidade. Além de não depender de heliportos, os preços podem ser mais acessíveis que o do serviço de helicópteros.

O Uber Copter pode transportar até cinco passageiros, com preços que variam de acordo com a demanda e a distância, assim como ocorre com os automóveis. No entanto, o custo de aplicação é alto, razão pela qual o Uber Air, que não fica atrás em capacidade e velocidade, pode se destacar como um intermediário eficiente.

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