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Quais países apresentam as maiores médias de passos diários?

Pessoas caminhando na rua, passando pela faixa de pedestre.

Pelo menos 5 milhões de mortes poderiam ser evitadas anualmente com a adoção de práticas esportivas na rotina, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para comparar os níveis de passos diários realizados em todo o mundo, um estudo da Universidade de Stanford, realizado em 2017, trouxe resultados interessantes sobre o tema.

Para tanto, foram considerados os dados obtidos por meio de smartphones de mais de 717 mil pessoas em 111 países. Confira abaixo os resultados divulgados.

Estudo analisou a quantidade de passos dados pela população em diversos países. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Países com as maiores e menores médias de passos diários

Entre os países com a maior média de passos diários, aparecem China (6.189), Japão (6.010), Rússia (5.969), Espanha (5.936) e Suécia (5.863). Em seguida, há um outro grupo de países com ligeira redução na média de passos, que engloba a Coréia do Sul (5.755), Itália (5.296) Irlanda (5.293) e Alemanha (5.205).

O Brasil, por outro lado, está inserido no grupo de países com valores mais moderados, com média de 4.289 passos, estando próximo da Índia (4.997), Grécia (4.350) e África do Sul (4.105). Arábia Saudita, Líbano e Indonésia estão entre os que apresentaram os piores indicadores para a última faixa, com médias de passos diários de 3.807, 3.744 e 3.513, respectivamente.

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Brasil figura entre os países com média moderada de passos diários. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Desigualdades constatadas

O estudo destaca como taxas de desigualdade de atividade física estão diretamente relacionadas com as taxas de obesidade nos países. Inclusive, nas localidades em que há baixa média de passos, as pessoas apresentam uma probabilidade 196% maior de desenvolverem este tipo de condição, quando em comparação com a população dos países com os melhores índices.

Além da baixa distribuição de renda ser um elemento que explica em parte os desequilíbrios presentes, a desigualdade de gênero também se faz presente, indicando prejuízo para as mulheres, que costumam estar menos inseridas nas práticas de exercícios, incluindo o andar a pé. Tal informação foi observada nos Estados Unidos, por exemplo, onde as mulheres apresentaram a quarta maior taxa de desigualdade de passos realizados.

Além disso, as cidades que estimulam a mobilidade ativa por meio da expansão de áreas caminháveis foram apontadas como as que apresentaram os melhores níveis de atividade em sua população, demonstrando a relação existente entre os estímulos presentes nas ruas e a adoção de hábitos saudáveis.

Desigualdade de gênero também se mostra presente na prática da caminhada em diversos países. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Mulheres recorrem mais ao andar a pé em seus deslocamentos

Ao considerar a desigualdade no contexto brasileiro, por outro lado, a pesquisa Origem Destino 2017, realizada a cada dez anos pelo Metrô de São Paulo, dá uma amostra das dinâmicas presentes no campo da mobilidade urbana.

Em se tratando das diferentes formas de locomoção, as mulheres são as que recorrem mais ao andar a pé, com 32,5%, seguido pelo transporte via ônibus, com 25%, automóveis, com 12,2%, e metrô, com 11,3%.

Já entre o público masculino, o transporte individual predomina, com 34,8%. Dentro disso, 23,7% das viagens ocorrem por meio de automóveis, 3,6% por meio de motos, e 1,5% com bicicletas. O deslocamento a pé aparece com 28,9%, ônibus com 18,7%, e metrô com 9,6% para esse público.

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