Conheça os principais tipos de freio para carros e como funcionam

12 de junho de 2022 4 mins. de leitura

Cada tipo de freio disponível na indústria automotiva apresenta vantagens e desvantagens, além de diferentes indicações de uso

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À medida que os carros se tornaram mais velozes e tomaram conta das grandes cidades, surgiu também a necessidade de implementar sistemas de frenagem mais eficazes para evitar acidentes. Atualmente, existem diversos tipos de freio, que podem ser utilizados em diferentes categorias de carro.

Os dois tipos de freio mais comuns são o freio a disco e o a tambor. Conheça as particularidades de cada um.

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Os tipos de freios mais comuns são a disco e a tambor (Fonte: Shutterstock)
Os tipos de freio mais comuns são a disco e a tambor. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Freios a disco vs. freios a tambor

Como o nome sugere, freios a disco têm uma peça redonda, feita de metal ou cerâmica. Quando alguém pisa no pedal, um sistema hidráulico aciona pastilhas, que pressionam esse disco. O atrito faz o disco girar cada vez mais devagar e, como ele é conectado às rodas, faz o carro inteiro parar.

Nos freios a tambor, existem duas peças chamadas sapatas. Quando o pedal é acionado, um sistema hidráulico faz as sapatas serem pressionadas contra a superfície interna do tambor, e lonas presentes nas sapatas causam o atrito que faz as rodas girarem mais devagar.

Em resumo, os dois tipos de freio têm acionamento hidráulico e funcionam pelo atrito — das pastilhas com o disco ou das sapatas com o tambor. Porém, as diferenças de funcionamento apresentam várias especificações práticas: de modo geral, freios a disco são mais eficientes, fazendo o carro parar mais rápido. Além disso, o sistema a tambor é mais propenso a falhar, quando é muito exigido.

Freio a disco nem sempre é o melhor

Ainda assim, o freio a tambor é bem mais barato e simples de manter. Também é mais eficiente para manter o carro imóvel quando estacionado — pela mesma razão que causa as falhas, que é a temperatura. Isso porque o calor expande as peças e pode tornar mais difícil garantir o atrito entre as sapatas e o tambor. Porém, quando o automóvel está parado, as peças esfriam e contraem, mantendo o freio cada vez mais acionado.

Muitos automóveis têm freios a disco no eixo dianteiro, que é o mais exigido na maioria dos casos, com o tambor no eixo traseiro. Assim, é possível usá-lo como freio de estacionamento sem comprometer a segurança. Além disso, freios a tambor permitem usar a energia das frenagens para recarregar as baterias de carros elétricos ou híbridos.

Já os carros maiores e mais esportivos costumam ter discos nas quatro rodas para garantir máxima capacidade de frenagem em todas as situações. Contudo, esses modelos precisam de outro sistema que mantenha o freio continuamente acionado em estacionamentos — algo que encarece o carro e a manutenção dele.

Freios a tambor costumam ser menos eficientes na frenagem, mas podem ser vantajosos em várias situações (Fonte: Shutterstock)
Freios a tambor costumam ser menos eficientes na frenagem, mas podem ser vantajosos em várias situações. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

E os freios ABS?

Diferentemente do que se pode imaginar, o sistema de freios antitravamento (ABS) não é um dos tipos de freio. Na verdade, ele é um sistema eletrônico que pode ser acoplado tanto em freios a disco quanto a tambor.

O ABS existe porque, quando os freios são acionados com muita força por um longo período, as rodas podem travar totalmente, impedindo uma mudança de direção. Para evitar que isso aconteça, sensores analisam os giros das rodas e modulam a pressão dos freios quando alguma estiver prestes a travar.

Desse modo, mesmo que uma frenagem extremamente brusca ocorra, ainda é possível virar o carro para desviar de um obstáculo, por exemplo. Isso pode fazer toda a diferença para evitar um acidente — de modo que, desde 2014, esse sistema se tornou obrigatório em todos os carros nacionais.

Considerando que os freios são indispensáveis para a segurança ao dirigir, é essencial mantê-los bem conservados — independentemente do sistema ser a disco ou a tambor. Além disso, uma direção cautelosa, que não exija frenagens bruscas com frequência, é indicada para evitar o desgaste das peças e situações de fadiga dos freios.

Quer saber mais? Confira aqui a opinião e a explicação de nossos parceiros especialistas em Mobilidade.

Fonte: Minutos Seguros, Moura.

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