Delivery continua crescendo na pandemia

12 de junho de 2021 3 mins. de leitura

Enquanto bares e restaurantes desistem de atendimento presencial por conta da pandemia, 32 milhões de brasileiros utilizam Apps para trabalhar

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As plataformas de delivery continuam registrando fortes perspectivas de crescimento. Os aplicativos de celular poderão movimentar globalmente US$ 6,3 trilhões de dólares até o final de 2021, segundo expectativas do setor. O Brasil é responsável por quase metade desse mercado na América Latina.

A crise sanitária tem fechado a porta de restaurantes. Somente na cidade de São Paulo, desde março de 2020, 12 mil bares, restaurantes e lanchonetes pararam de funcionar totalmente, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-SP).

No estado de São Paulo, 20% das 250 mil empresas do setor deixaram de existir no período de março de 2020 a abril de 2021, gerando a demissão de 400 mil funcionários — 22% do total de 1,8 milhão de empregados do ramo no estado.

A crise econômica só não foi pior para o segmento por conta das entregas em domicílio. No Brasil, a receita do setor de entrega de alimentos online está projetada para atingir US$ 3,8 milhões em 2021, com um crescimento anual médio de 7,64% até 2024. 

Mercado nacional de delivery

(Fonte: Shutterstock/Lais Monteiro/Reprodução)
(Fonte: Shutterstock/Lais Monteiro/Reprodução)

O mercado brasileiro é explorado por grandes apps, como 99food, Rappi, UberEats e iFood, mas também há espaço para players regionais e aplicativos próprios dos restaurantes. Os aplicativos conseguem produzir dados para mapear o perfil e as necessidades dos consumidores.

Um estudo do Instituto QualiBest aponta que 53% dos usuários de aplicativos de entrega de alimentação pertencem às classes A e B, enquanto 47% às classes C, D e E. A maioria dos consumidores reside na Região Sudeste e utiliza o serviço aos finais de semana e feriados. No País, cada pessoa, em média, gasta R$ 43 por pedido.

Geração de empregos

Aproximadamente 32,4 milhões de profissionais no Brasil trabalham em algum tipo de app de entrega, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva. Esse número representa 20% da população adulta. No início da pandemia, em fevereiro do ano passado, a proporção era de 13%.

Entre 1,5 mil entrevistados, 14% se dedicam integralmente a aplicativos de entrega, caso de 99food, Rappi, iFood e Uber Eats. O aplicativo foi a única fonte de renda para 16% e, para outros 15%, corresponde a metade dos ganhos.

Estratégia de expansão

99food quer atuar em cidades médias e mudar o hábito dos brasileiros com delivery. (Fonte: Shutterstock/Leonidas Santana/Reprodução)
99food quer atuar em cidades médias e mudar o hábito dos brasileiros com delivery. (Fonte: Shutterstock/Leonidas Santana/Reprodução)

As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro concentram o maior faturamento do setor de alimentos, com cerca de R$ 20 bilhões por ano. A 99Food, que entrou no mercado em 2019, mira em um mercado ainda pouco explorado, direcionado para cidades de 100 mil a 500 mil habitantes, e aposta na mudança de hábitos de consumo.

A plataforma de delivery tem 60 mil restaurantes parceiros e 40 mil entregadores. Em 2021, a empresa pretende crescer 150%. Para isso, quer aumentar o percentual de pessoas que fazem pedidos diários, que no Brasil não passa de 0,9%. Nas grandes cidades europeias, essa participação fica entre 3% a 5%, enquanto em Xangai, na China, o percentual chega a 7%.

Fonte: Estadão, Statista, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

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