O que se tem feito para conter o coronavírus em ônibus e metrôs?

20 de março de 2020 4 mins. de leitura

Cidades com casos confirmados tomaram medidas emergenciais no combate ao alastramento da covid-19

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Ao menos 25 pessoas já morreram no Brasil devido à pandemia de coronavírus que tem preocupado o mundo todo e ultrapassou a margem dos 600 casos confirmados no país. Para conter a expansão da covid-19, que se alastra rapidamente e com muita facilidade, secretarias públicas e companhias de transporte de diversas cidades brasileiras têm tomado medidas emergenciais e publicado orientações importantes para a população.

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Entre elas, estão as capitais com pacientes diagnosticados com a doença, como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Confira o que o Estado e as empresas de transporte têm feito.

Como se proteger do coronavírus no transporte público?

Na cidade de São Paulo, onde se concentra boa parte do número de infectados do Brasil, a higienização de trens e ônibus foi intensificada, e a reposição de sabonetes nos banheiros tem sido maior.

(Fonte: Shutterstock)

Os funcionários do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPMT) com idade igual ou superior a 70 anos ou que retornaram de viagem recentemente foram liberados para home office, e tanto as reuniões como os treinamentos presenciais foram suspensos. Além disso, orientações sobre o coronavírus são emitidas em monitores de TV, avisos sonoros e cartazes nas estações.

Na cidade do Rio de Janeiro, a higienização do transporte também foi reforçada. Esta semana, o VLT Carioca informou que liberaria a abertura das portas de maneira automática para que os usuários não precisassem tocar no botão, como usualmente ocorre.

(Fonte: Shutterstock)

Além disso, um novo decreto do Governo Estadual prevê que, a partir de sábado (21), estarão suspensas: a circulação do transporte intermunicipal de passageiros que liga a Região Metropolitana à capital (com exceção de trens e barcas, os quais deverão operar com restrições para atendimento a serviços essenciais); a circulação de carros de aplicativos de transportes entre a capital e outros municípios; além de várias modalidades de voos e transportes interestaduais.

Em Curitiba, o transporte coletivo perdeu 37% do fluxo de passageiros devido às iniciativas de prevenção do coronavírus. Com isso, as empresas de ônibus reajustaram a oferta de linhas. A partir de segunda-feira (23), a frota será reduzida e valerá a tabela de horários de sábado, com exceção das linhas Expresso, Ligeirões e Linha Direta Inter 2, que não sofrerão alterações. Aos sábados será usada a tabela de domingo, e a tabela de domingo permanecerá inalterada.

Em Florianópolis, onde ao menos 14 pessoas foram diagnosticadas com coronavírus, um decreto da Prefeitura, que passou a valer segunda-feira (16), prevê o aumento da higienização dos ônibus e a disponibilização de álcool em gel nos veículos.

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Além disso, a Secretaria de Mobilidade Urbana anunciou a retirada de lacres das janelas dos ônibus. Na capital catarinense, 586 veículos apresentam a trava, de acordo com o órgão responsável. A Prefeitura também proibiu a partir quinta-feira (19) a entrada de ônibus na Ilha de Santa Catarina e o acesso à orla das praias da cidade.

Em Porto Alegre, um decreto publicado no Diário Oficial do município na terça-feira (17) também alerta que motoristas, cobradores e fiscais que integram o grupo de risco (pessoas com mais de 60 anos, cardíacos, diabéticos, doentes renais crônicos, doentes respiratórios crônicos, transplantados, portadores de doenças tratados com medicamentos imunodepressores e quimioterápicos) sejam retirados da escala de trabalho.

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O decreto também autorizou às concessionárias do transporte coletivo colocarem ônibus para realização de viagens desde que seja respeitado o limite de passageiros e a disponibilidade de assentos, pois devem transportar apenas passageiros sentados. O documento também recomendou aos passageiros a evitar horários de pico. Além disso, devido à redução do fluxo de pessoas nas ruas, 12 linhas de ônibus foram suspensas na capital gaúcha.

Fonte: EBC, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Prefeitura de Curitiba, Prefeitura de Porto Alegre, Prefeitura de Florianópolis, Prefeitura de São Paulo.

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