4 estruturas de mobilidade herdadas de megaeventos

8 de julho de 2020 4 mins. de leitura

Quando bem planejados, megaeventos podem deixar legado para a mobilidade das cidades

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A realização de megaeventos, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo de Futebol, podem deixar legados a longo prazo para a infraestrutura de transporte das cidades. Um megaevento requer uma série de melhorias em um curto espaço de tempo, mesmo em sistemas de transporte de alta qualidade e flexibilidade.

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Além de garantir o deslocamento eficiente dos moradores e visitantes habituais, é necessário atender a uma demanda extra por causa dos torcedores, equipes esportivas e de imprensa.

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Outro ponto a ser destacado é o fato de que a realização de um megaevento cria uma cooperação entre autoridades públicas e setor privado, que pode ser uma oportunidade única para realizar projetos não terminados e preparar as cidades para necessidades futuras, com soluções de transporte boas e abrangentes.

1. O exemplo de Barcelona

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Barcelona era virada de “costas” para o mar e ganhou nova orientação com as Olimpíadas de 1992. (Fonte: Ayuntament de Barcelona)

Para receber as Olimpíadas de 1992, Barcelona teve de remodelar seu aeroporto, ampliar seus sistemas de telecomunicação e dos meios de transporte, bem como transformar a área urbana. Toda a cidade foi reorientada para o mar, e o sistema de transporte teve uma grande contribuição nisso.

O sistema ferroviário foi reformado para facilitar a chegada à orla marítima. Com isso, um porto olímpico foi construído (até hoje é uma das atrações turísticas da cidade) e vias passaram a permitir o convívio entre automóveis e pedestres. Além disso, o anel rodoviário aumentou o acesso às regiões periféricas de forma a reduzir a pressão do tráfego na área central.

2. Infraestrutura de Londres

King’s Cross St. Pancras, a maior estação de metrô de Londres foi reformada para megaeventos realizados em 2012. (Fonte: Shutterstock)

Londres recebeu diversos megaeventos em 2012, como os Jogos Olímpicos e o Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II. Foram investidos bilhões em infraestrutura na região de East End, bem como no acesso ao local. A capital inglesa precisou melhorar a mobilidade, conectar aeroportos e áreas residenciais distantes aos locais esportivos.

A cidade remodelou seu transporte sobre trilhos, com reformas em suas principais estações, como Stratford e King’s Cross St. Pancras, integração e extensão de linhas férreas, atualização tecnológica e aumento tanto de locomotivas quanto de vagões. Ao final dos eventos, 82% dos usuários avaliaram que a rede de transporte teve um desempenho bom.

3. Transporte público no Rio de Janeiro

A Linha 4 do Metrô do Rio ficou em obras até a véspera das Olimpíadas de 2016. (Fonte: Shutterstock)

As denúncias de irregularidades e o atraso das obras podem ter ofuscado o benefício da realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, mas houve uma significativa melhora no sistema de transporte público da cidade.

O comprimento das linhas de ônibus foi duplicado, enquanto a cobertura da rede de metrô foi quadruplicada. Antes dos eventos, os trajetos de ônibus cobriam 76 km, depois foram ampliados para 156 km. O metrô, que tinha apenas 4 km, passou a ter 16 km após os jogos olímpicos.

4. Mobilidade em Doha

Passarelas móveis podem acelerar e desacelerar com segurança (Fonte: Thyssenkrupp/Divulgação)
Passarelas móveis no Qatar podem acelerar e desacelerar com segurança. (Fonte: Thyssenkrupp/Divulgação)

Uma série de eventos esportivos em Doha, no Qatar, transformaram e podem ainda transformar a sua infraestrutura de transporte. A cidade recebeu os Jogos Asiáticos em 2006 e está se preparando para receber a Copa do Mundo de 2022.

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Autoridades estão procurando soluções inteligentes de mobilidade urbana que incluem sensores digitais para reduzir os fluxos de tráfego, independentemente do volume de visitantes que a cidade possa receber.

Sistemas transportadores de pedestres inteligentes ajudam a conduzir os passageiros até estações de metrô. O sistema combina paletas sobrepostas imantadas que são impulsionadas por motores lineares e controladas por sensores responsáveis pelo aumento e pela diminuição da velocidade, permitindo uma segurança sem precedentes aos passageiros.

Fonte: Ayutament de Barcelona, Urban-hub, Mercado e Eventos, Epomm, Thyssenkrupp.

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