Solução pode facilitar o trajeto de idosos e pessoas com deficiência
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O uso de esteiras rolantes para aumentar a velocidade de deslocamento de passageiros em aeroportos e metrôs já é um conceito concreto e difundido. Entretanto, pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, começaram a trabalhar com a possibilidade de introduzir esse recurso na mobilidade urbana de cidades.
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Capaz de transportar passageiros a uma velocidade entre 10 quilômetros por hora e 16 quilômetros por hora, as esteiras conseguem levar pedestres de um local para outro em um ritmo melhor que o transporte motorizado em horário de pico, segundo o estudo feito pelos suíços.
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De acordo com o grupo de pesquisadores da escola europeia, a tecnologia teria capacidade para conduzir 7,5 mil pessoas por hora. A equipe defende que as esteiras rolantes, em ambos os sentidos, ocupariam o lugar de apenas uma faixa de veículos, mantendo as calçadas convencionais e incentivando a locomoção a pé.
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Os pedestres desempenham uma importante função na mobilidade de pólos urbanos, visto que a caminhada é um dos meios mais utilizados para trajetos de curta distância por ser um modal simples, sem custos e ecológico.
Em 2015, uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope indicou que 22% dos brasileiros se deslocam a pé. Entre os mais de 2 mil entrevistados, 29% costumam andar por considerar esse o transporte mais saudável, enquanto 37% afirmam enxergar a caminhada como o meio mais rápido para seus destinos.
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Com a expressividade do número de pedestres no Brasil, a implantação de esteiras rolantes seria uma alternativa para aumentar o fluxo e a velocidade nos centros urbanos, além de oferecer maior conforto e acessibilidade para pessoas com deficiência.
De acordo com a empresa alemã Thyssenkrupp, que oferece elevadores, esteiras e escadas rolantes, um trajeto de 860 metros pode ser feito em sete minutos por meio das esteiras rolantes.
A companhia é responsável por importantes vias de esteiras rolantes na cidade de Vitória, na Espanha. Localizado na província de Álava, o município tem aproximadamente 250 mil habitantes e ruas muito íngremes. Tendo isso em vista, a Thyssenkrupp uniu sete esteiras rolantes que se conectam para auxiliar o transporte de idosos e turistas até as regiões mais altas da parte histórica da cidade.
Como os pedestres podem transformar a mobilidade urbana
Outro exemplo de como os dispositivos se aplicam na mobilidade urbana está em Sydney, na Austrália. O país oceânico é dono de uma das maiores esteiras do mundo, localizada no subsolo de um dos bairros comerciais. Os 207 metros de comprimento foram inaugurados na década de 1960, e o caminho surgiu como uma forma de fomentar a implantação de tecnologias futurísticas no mundo. Ao longo de suas paredes, o sistema conta a história da população aborígene que residia na cidade, tornando-se também um monumento sobre a cultura local.
Fonte: Thyssenkrupp, Urban Hub, Visit Sidney, Mobilize.
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