Empresa chinesa cria plano de mobilidade aérea urbana

11 de julho de 2020 4 mins. de leitura

Líder no setor de mobilidade aérea urbana, a EHang foi responsável pelo primeiro teste com veículo autônomo elétrico nos Estados Unidos

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Em 2018, um relatório da Morgan Stanley estimava que o tráfego aéreo de drones tripulados seria comum nas grandes cidades a partir de 2040. Ainda faltam 20 anos, mas os primeiros voos comerciais de veículos autônomos com passageiros podem ocorrer já em 2020, uma vez que diversas barreiras com relação à mobilidade aérea estão sendo superadas rapidamente.

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Diversas empresas no mundo, como Volocopter e Uber, estão desenvolvendo tecnologias e pretendem lançar táxis voadores em um futuro breve, porém a startup chinesa EHang parece estar um pouco mais à frente. A empresa criou um documento em que apresenta diretrizes básicas que podem se tornar fundamentais para a consolidação de um modelo de operação e de negócio para o setor: um plano de mobilidade aérea urbana (UAM).

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A EHang é responsável por alguns feitos recentes na área e já realizou mais de 2 mil ensaios com veículos voadores. Foi a responsável por testar um táxi autônomo pela primeira vez nos Estados Unidos e já conseguiu autorizações para novos experimentos na Europa.

Plano de mobilidade aérea urbana

A EHang obteve a primeira aprovação de operação de piloto comercial do mundo da Administração de Aviação Civil da China para usar os AAVs de passageiros EHang 216 para fins de logística aérea. Leia mais >> (Fonte: Ehang/Divulgação)
A EHang obteve a primeira aprovação do mundo para usar táxis voadores em operações comerciais. (Fonte: EHang/Divulgação)

O plano de UAM defendido pela chinesa tem um controle central e de rotas pré-estabelecidas. Os táxis voadores da empresa já são produzidos com base nas características do plano, o que deve agilizar para que a ideia saia do papel para o espaço aéreo das cidades.

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Os veículos se pareceriam mais com ônibus sob demanda do que com que o serviço tradicional de deslocamento. Toda a movimentação dos veículos voadores seria controlada por uma plataforma digital que ainda não foi criada, avaliando o tráfego aéreo dos veículos com pouca ou nenhuma interferência humana.

Componentes do sistema

Os principais componentes para o sistema UAM, segundo a EHang, seriam os veículos autônomos e/ou elétricos, a plataforma de comando e controle, o sistema de navegação e posicionamento e os pontos de base, incluindo locais de pouso, carregamento e interface. Em geral, as principais funções incluiriam o transporte de passageiros e cargas dentro de uma área metropolitana. O sistema seria formado por células independentes, com cada ponto da rede cobrindo zonas específicas.

Princípios fundamentais

A segurança, as cidades inteligentes e o gerenciamento integrado de sistema de computadores são os três princípios fundamentais de um sistema UAM moderno, segundo a EHang. Dada a sua natureza inovadora e disruptiva, a mobilidade aérea urbana tem vantagens sobre os modos tradicionais, e o transporte urbano do futuro deve ser suave, inteligente, eficiente e ecológico, defende a empresa.

A chegada das redes 5G continuará fortalecendo a função e os recursos das plataformas de mobilidade aérea, tornando possível o comando à distância, mais seguro e eficiente, para uma variedade maior de veículos autônomos voadores.

Primeiro serviço do mundo

A empresa chinesa adaptou veículos de UAM para transporte de emergência médica. (Fonte: Ehang/Divulgação)
A empresa chinesa adaptou veículos de UAM para transporte de emergência médica. (Fonte: EHang/Divulgação)

A primeira rota de UAM do mundo foi inaugurada pela EHang em maio de 2019. O serviço foi lançado na província de Zhejiang, na China, e conecta um porto a um hotel boutique em uma ilhota. A rota reduziu significativamente a viagem de 40 minutos por terra para um deslocamento aéreo de 5 minutos.

O feito estabeleceu um marco importante para o desenvolvimento da indústria de UAM e pode colaborar com o meio ambiente. A EHang defende que um sistema de mobilidade aérea urbana movido a eletricidade, que substitui os carros movidos a gás existentes, pode reduzir significativamente as emissões de carbono e melhorar a qualidade do ar nas áreas urbanas.

Fonte: EHang, Evtol, Starse

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