Agência da União Europeia divulgou primeira proposta de regulamentação de serviços de drones e VTOLs, que devem operar serviços de táxi-aéreo nos próximos anos
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A União Europeia lançou a primeira proposta de regulamentação da utilização do espaço aéreo por drones e VTOLs. A medida é vista como um prenúncio dos serviços de táxi-aéreo por carros voadores, que devem entrar em operação nos próximos anos.
No Velho Continente, o espaço aéreo é regulamentado pela European Union Aviation Safety Agency (EASA) e pelos governos locais. Foi esta agência que propôs as regras de regulamentação da ocupação do espaço aéreo por drones e outros VTOLs. Atualmente, estes veículos são praticamente proibidos de operar em áreas urbanas, mas as regras devem mudar em breve, para que haja a implementação de serviços de táxi-aéreo e de delivery por drones.
VTOL é a sigla na língua inglesa para Vertical Takeoff and Landing (pouso e decolagem verticais). Na prática, vários veículos se encaixam nessa terminologia, como helicópteros e balões a gás. Porém, nos últimos anos, o termo tem sido empregado para designar carros elétricos. Parecidos com grandes drones, muitas vezes elétricos, eles podem carregar passageiros sem a necessidade de uma tripulação.
A diferença entre um drone, também chamado de VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado), está na complexidade, no número de hélices e no tamanho dos VTOLs. Diversas empresas estão trabalhando ao redor do mundo para desenvolver estes carros voadores e poderem operar serviços de táxi-aéreo nas principais rotas das grandes cidades.
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A capital espanhola, Madri, é uma das cidades que quer liderar o movimento de regulamentação de drones e VTOLs no mundo. A câmara municipal está trabalhando para criar a primeira legislação que coloque em prática as sugestões apresentadas pela EASA. Uma comissão foi instaurada para conciliar as demandas privadas e governamentais em relação aos serviços e para descobrir a melhor forma de explorar o potencial do espaço aéreo das cidades.
A proposta da EASA ficou em consulta pública até outubro de 2022 e deve seguir para votação do parlamento europeu no ano que vem. O documento é considerado completo, indicando, por exemplo, regras a serem cumpridas em relação a:
O avanço tecnológico está nas vésperas de permitir o transporte seguro de pessoas e mercadorias por veículos aéreos operados remotamente. Esta nova possibilidade pode trazer uma série de benefícios, como desafogar o trânsito das grandes cidades, diminuir a poluição do ar e sonora, dar mais agilidade para transportes urgentes e fomentar o mercado de veículos elétricos.
As novas legislações devem ser feitas com extremo cuidado, para garantir a segurança de passageiros e dos indivíduos das cidades, que podem ficar expostos a acidentes com estes veículos. De toda forma, os movimentos que começam a ser adotados na Europa devem dar o tom de como será o futuro do transporte aéreo de baixa atitude nos centros urbanos.
Fonte: Cities Today, Bakermckenzie, Mundo Geo, EASA