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Integração multimodal: quais são os obstáculos e caminhos para a expansão?

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integração entre modais foi amplamente debatida no Summit Mobilidade 2023, mostrando o quanto, apesar das constantes evoluções nos diferentes meios de transporte, ela ainda merece ser priorizada de forma sistêmica.

Isso porque, ao considerar a vastidão do território nacional, nem sempre fica evidente como as diferentes características presentes nas regiões brasileiras tornam necessário que soluções variadas sejam adotadas, a depender do cenário apresentado.

Para oferecer uma melhor compreensão dos impactos resultantes do equilíbrio no uso de modais de mobilidade, um estudo publicado em 2022 pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) elencou vários obstáculos que respondem pelo atraso da adoção da multimodalidade no País.

Multimodalidade é apontada como um dos caminhos para reduzir o custo operacional do transporte. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Obstáculos presentes

Dentre eles, há os entraves tributários, que afetam a circulação de mercadorias. A baixa adesão ao modal hidroviário também é apontada, já que apenas um terço da sua capacidade é aproveitada. Além disso, a ausência de uma legislação uniforme nesse sentido é um outro elemento de peso.

Para promover o uso de modais de forma econômica e eficiente, o estudo da ANTAQ ainda lembra como é crucial considerar não apenas a distância, mas também o volume e fluxo de carga que transitará em cada trecho, adequando-o conforme a necessidade.

Como exemplo do potencial de obras que promovem a integração entre modais, temos a Ferrovia Norte-Sul (FNS). Considerada estratégica para interligar os portos de Santos (SP) a Itaqui (MA), a obra levou mais de 35 anos para ser concluída. Com 2.257 quilômetros de extensão, ela atravessa quatro regiões brasileiras e terá um papel importante para a escoação da safra.

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Reduzir a dependência do modal rodoviário é essencial para promover uma integração eficiente entre outros meios de transporte. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Impactos para a mobilidade urbana

Tornar o deslocamento mais eficiente e dinâmico, permitindo uma rápida movimentação entre diferentes modais, é o que dá nome ao conceito de sincromobilidade. E se nos diferentes setores a sua ausência eleva o custo do transporte, para a população, a ausência do sincronismo é refletida no maior tempo gasto de deslocamento.

Pensando nisso, a integração nos modais já tem sido considerada muito além de um instrumento para conectar diferentes regiões e reduzir o isolamento geográfico. Isso porque investir na sua expansão também pode ser um caminho para reduzir o volume de automóveis nas ruas, e, ao mesmo tempo, incentivar o uso de meios alternativos, como as bicicletas.

Como reflexo desse novo paradigma, foi aprovado o Projeto de Lei 3598/19, que já passou pelo Senado e seguirá em análise pela Câmara dos Deputados. O seu texto propõe que a política de transportes conte com uma integração melhor consolidada entre diferentes modais e que o ciclismo tenha mais incentivos para ser adotado nas cidades.

Fontes: Governo Federal, Câmara dos Deputados, ANTAQ, Governo do Estado do Maranhão

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