Com a circulação de pessoas voltando ao normal no País, o uso dos patinetes elétricos começa a ganhar força novamente
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A história dos patinetes elétricos no Brasil, apesar de recente, já teve muitos altos e baixos. Com a chegada dos apps de aluguéis dos veículos ao nosso Ppaís, o uso virou “febre” em algumas das principais cidades.
Em alguns pontos de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre, era preciso tomar cuidado com a grande circulação dos patinetes nas calçadas durante o horário de pico, por exemplo.
Esse uso parecia promissor quando as duas principais companhias de aluguel de patinetes elétricos, a Grin e a Yellow, fundiram-se. Porém, veio a pandemia de covid-19 e as restrições de mobilidade afetaram fortemente o setor, que já vinha tentando driblar os altos custos de manutenção do modelo de negócios. Depois de um pedido de recuperação judicial, as operações se encerraram no Brasil.
Apesar da diminuição de oferta dos veículos, o interesse de boa parte da população não diminuiu. Em vários municípios, empresas menores operam o aluguel desse tipo de patinete, como a FlipOn. A startup adquiriu e recuperou parte do estoque da Grin e da Yellow e está em operação em várias cidades. Em São Paulo, principal mercado consumidor do serviço, ainda faltam ajustes entre o poder público e a empresa para que o serviço seja restabelecido.
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Mesmo com todas as dificuldades, como as batalhas judiciais da regulação das leis de trânsito nas cidades onde os veículos circulam, o modal conquistou um público fiel em pouco tempo.
Mas qual é o poder de atração dessa opção de micromobilidade? Se você também gosta do serviço e até já pensou em adquirir um veículo próprio, confira um comparativo entre as vantagens e as desvantagens do patinete elétrico.
Um problema comum a muitas grandes cidades é o tempo gasto no trânsito, mesmo para deslocamentos curtos. É nesses momentos que o patinete elétrico “brilha”. Com alguns modelos podendo alcançar até 40 km/h, o veículo evita trânsito, já que pode circular em calçadas e ciclofaixas.
Caso você tenha um patinete próprio, os custos de manutenção são baixos. E a melhor parte é que o gasto de energia para recarregar a bateria é ainda menor: equivale ao gasto de cinco minutos de uma máquina de lavar roupa.
Comparado ao preço do transporte público e da gasolina, a utilização de um patinete elétrico pode gerar economia. É claro que, nesses casos, é preciso calcular a distância a ser percorrida. Muitos usuários utilizam o modal como um traslado entre estações de ônibus e metrô, e a casa ou trabalho. Para esses usos o aluguel de um patinete tende a ser mais barato do que o uso de um aplicativo de caronas por carro.
Dados estatísticos mostram que acidentes com patinetes elétricos são muito mais raros do que com carros. Além disso, o aluguel e a entrega de patinetes em diferentes pontos são bastante práticos, acabando com a preocupação em relação a gastos com estacionamento e seguro. Mesmo que você tenha um patinete próprio, a praticidade é garantida, já que a maioria dos modelos é dobrável.
Deixar de usar veículos a base de combustíveis fósseis também significa fazer sua parte para poupar o meio ambiente. Por mais que o benefício seja pequeno, é tendência que esses tipos de veículos eco-friendly ganhem cada vez mais protagonismo nas cidades globais.
Ainda existe confusão com o que o código de trânsito permite ou não em relação a esse tipo de veículo. Algumas cidades criaram regras próprias para facilitar o deslocamento. É o caso do Rio de Janeiro e de São Paulo, que liberaram a circulação em faixas calmas de trânsito (aquelas com velocidade de até 40 km/h).
Porém, nas cidades que não legislaram sobre o modal, valem as regras do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Este considera os patinetes como equipamentos de mobilidade individual autopropelidos, e não como ciclomotores. Por isso, os patinetes ficam proibidos de circular em faixas de trânsito, restritos à circulação em calçadas e ciclofaixas. Em pontos de calçadas irregulares, essa legislação engessa a circulação dos patinetes.
Com a saída das principais empresas do ramo de aluguel desse modal do Brasil, pode ser difícil achar os veículos fora de áreas turísticas. A tendência, porém, é que isso diminua conforme a circulação de pessoas se normalize no País.
O custo pode ser elevado dependendo do tamanho do deslocamento. A maioria das empresas cobra uma taxa para a liberação do veículo e outra por quilometragem. Com isso, o valor da corrida pode ser desinteressante. Então, se o modal for usado como deslocamento entre outro meio de transporte, os custos se somam.
Algumas empresas limitam as áreas de circulação dos veículos e os horários de uso. Com isso, se a rota não for bem planejada, é possível que você precise terminar o trajeto a pé.
Fonte: Metflife, Cicloway, WRI Brasil, São Carlos em Rede.