Primeiro projeto de carro autônomo data de 1920

13 de março de 2020 4 mins. de leitura

Desde então, novas tecnologias são testadas para chegar a uma opção viável e segura

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Não é de hoje que se pensa em carros autônomos. Desde os anos 1920, engenheiros e pesquisadores buscam desenvolver um automóvel que consiga dirigir a si próprio.

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Ao longo da história, radares, inteligência artificial e até mesmo estratégias de guerra foram usados para tentar criar esse veículo revolucionário.

Carros controlados por rádio

(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

O primeiro protótipo de veículo autônomo da história foi criado menos de um século depois do surgimento do primeiro carro, em 1885. Em 1921, foi lançado em Ohio, nos Estados Unidos, uma espécie de carrinho de mão movido pela mesma tecnologia que os rádios. Contudo, o veículo, comandado por outro que vinha logo atrás, não era capaz de transportar passageiros.

(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução) 

Em 1925, o engenheiro militar reformado Francis P. Houdina lançou o primeiro carro da história conduzido sem motorista. Usando a mesma tecnologia de ondas do rádio, o veículo apelidado de “American Wonder” ou “Maravilha Americana” desfilou por Nova York. Mas a demonstração não deu muito certo: o carro colidiu com outro automóvel que transportava fotógrafos.

Circuitos com sensores

Já nos anos 1950, a grande novidade eram sensores capazes de detectar a velocidade e a localização dos carros e movê-los. Essa tecnologia era posicionada ao longo das estradas e fornecia informações orientadoras para os carros preparados com receptores. O expoente desse modelo foi o GM Firebird II, de 1956. Os sensores foram aprimorados ao longo dos anos 1950 e 1960, mas as estradas equipadas não ganharam popularidade, e os engenheiros buscaram outra forma de continuar o sonho de automóveis sem motoristas.

Carros autônomos

Nos anos 1970 e 1980, a tecnologia de programação e processamento de dados avançou, permitindo que os primeiros carros verdadeiramente autônomos surgissem. Esses novos veículos eram equipados com sensores, processadores e câmeras capazes de detectar, por exemplo, a existência de um carro à frente e evitar possíveis colisões. Dessa vez, o automóvel não dependia de fatores externos como outro veículo-guia ou sensores nas estradas.

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Pela primeira vez, um carro andava pelas estradas sem nenhuma interferência humana. O primeiro modelo realmente autônomo da história foi o NavLab 1, lançado em 1986. Ele atingia no máximo 32 km/h, e a tecnologia é basicamente a mesma usada até hoje — com exceção da geolocalização (GPS).

Inteligência artificial

(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução) 

Um dos últimos grandes marcos da história dos carros autônomos foi o DARPA Grand Challenge: uma competição promovida pela organização estatal dos Estados Unidos responsável pela criação da internet e do GPS. O objetivo do torneio, nascido em 2004, era premiar os desenvolvedores do carro autônomo mais eficiente e, assim, aprimorar a tecnologia.

Em 2005 o vencedor foi Stanley, um automóvel desenvolvido por ex-alunos da Universidade de Stanford que conseguiu completar o trajeto de 212 quilômetros em 6 horas e 53 minutos sem nenhuma batida. A grande novidade que Stanley trazia era o uso de inteligência artificial. Os desenvolvedores mudaram a história ao programar o software com uma IA que aprendeu a dirigir o carro.

De lá para cá, os softwares se tornaram cada vez mais sofisticados e os carros autônomos, cada vez mais seguros. Além da Uber, a Ford, a Google e a Tesla querem fazer história e testam seus carros que se locomovem sem motorista.

Elon Musk, CEO da Tesla, afirmou em meados de 2019 que seus modelos autônomos já circulariam no fim do ano, o que não aconteceu. Ainda há alguns ajustes a serem feitos; e são poucos os lugares em que a legislação permite a circulação de carros do tipo.

Uma saída é o que a Uber promete fazer neste ano: os três veículos autônomos que vão circular em Washington terão um motorista de backup, para reduzir o risco de acidentes. O que há muito tempo é apenas um sonho agora parece ser um futuro cada vez mais próximo.

Fontes: Discover Magazine

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