Há quase 50 anos, as reuniões vêm sendo realizadas para guiar e corrigir o rumo das escolhas coletivas
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As conferências ambientais reúnem os principais líderes e representantes de diversos países com o objetivo de discutir questões relacionadas ao meio ambiente.
Esse tipo de debate teve início com a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em 1972. O encontro ocorreu em Estocolmo (Suécia) e resultou em uma declaração que leva o nome da cidade.
A Declaração de Estocolmo define um plano de ação com princípios comuns aos países. O objetivo principal do documento é guiar as pessoas em direção à preservação e à valorização do meio ambiente. São 26 princípios cujos tópicos abordam questões como poluição da água e do ar, direitos humanos, desenvolvimento sustentável, desigualdade social, educação e armamento nuclear.
Durante a conferência de 1972 foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o primeiro programa da Organização das Nações Unidas (ONU) focado nas questões ambientais. Atualmente, é a principal autoridade no assunto em todo o mundo, determinando a agenda internacional de temas referentes ao meio ambiente.
São três frentes principais de trabalho relacionadas às mudanças climáticas, aos ecossistemas e aos efeitos ambientais de químicos e resíduos. O programa disponibiliza mais de 15 mil itens para consulta em seu website, entre ferramentas, relatórios, fichas técnicas e publicações. Os dados contêm informações pertinentes relacionadas ao meio ambiente.
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Depois da Conferência de Estocolmo, muitas outras reuniões importantes foram realizadas. Em 1983 foi criada a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CMED), que em 1987 publicou o relatório intitulado Nosso Futuro Comum e citou pela primeira vez o termo “desenvolvimento sustentável”. A ideia do documento era apontar alguns princípios que poderiam corrigir o rumo socioeconômico e ambiental do planeta.
Vinte anos após a primeira conferência da ONU, ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento em 1992, que ficou conhecida como Cúpula da Terra, na qual os líderes adotaram um plano de ação chamado Agenda 21. Nessa instância, 178 governos decidiram aceitar ações que direcionariam suas atividades a fim de proteger e renovar os recursos ambientais. No acordo foram abordadas áreas como desmatamento, proteção da atmosfera, preservação de solos e gestão de resíduos tóxicos.
Um dos tópicos implementados com a Agenda 21 foi realizado em 1997 na reunião que ficou conhecida como Cúpula da Terra +5. O encontro aconteceu também em 2002 (Rio +10) e em 2012 (Rio +20).
O Protocolo de Kyoto entrou em vigor em 2005, definindo metas obrigatórias para a redução da emissão de gases de efeito estufa. O acordo definiu que os países industrializados diminuiriam suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 5%, e a meta deveria ser cumprida até 2012.
O acordo não contou com os Estados Unidos, que retirou sua participação em 2001, afirmando que as metas definidas gerariam impacto em seu crescimento econômico. Em 2011, o Canadá também deixou de fazer parte do projeto. Em 2016, o Protocolo de Kyoto foi substituído pelo Acordo de Paris, no qual ações mais abrangentes foram adotadas.
Em 2021, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP26) foi realizada para definir as estratégias para alcançar as metas do Acordo de Paris. Apesar da crítica de muitos ambientalistas pela insuficiência de algumas medidas tomadas, vários países se comprometeram com uma série de acordos. O Brasil, por exemplo, assinou um termo para reduzir em 30% as emissões de gás metano até 2030.
O próximo encontro está marcado para junho de 2022, na reunião que vai comemorar os 50 anos da conferência realizada em 1972. Além da celebração, assuntos importantes serão discutidos no tema “Um planeta saudável para a prosperidade de todos – Nossa responsabilidade, nossa oportunidade”.
Fonte: United Nations, Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul, Unep, Senado Notícias, INPE, Iberdrola, Adapta Clima.