A arte urbana tem desempenhado papel importante nas cidades, estabelecendo uma forma intimista de se comunicar com o público
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Surgida nos Estados Unidos, em meados dos anos 1970, a arte urbana trouxe às ruas brasileiras uma nova maneira de compor a paisagem das cidades, evidenciando o quanto a cultura tem o potencial de revitalizar os mais diferentes ambientes. Além de ser uma poderosa ferramenta de expressão, ela pode estabelecer uma forma efetiva de diálogo com quem a observa, chamando a atenção para temas universais e questões contemporâneas.
A popularização da arte urbana, entretanto, não se deu sem certa resistência. Se ainda há questões a serem superadas, um aspecto conferiu aos artistas a possibilidade de ganhar destaque: não é apenas pela influência exercida pela proximidade com pessoas que já tinham um elo mais desenvolvido com o grafite, a pintura ou outra forma de manifestação, mas também pelo desejo de compartilhar diferentes vivências, dando expressividade às obras e conquistando maior proximidade com o público.
Além de deixar a paisagem mais convidativa e única, a arte urbana pode se configurar como uma parte importante da identidade de determinado local ou momento histórico-cultural, o que se reflete hoje em incentivos de organismos públicos e privados para difundir esse universo criativo pelo mundo.
Há alguns nomes que se destacam nesse campo, sendo muitos deles artistas brasileiros que se tornaram referência internacional. Confira a seguir quatro brasileiros que são destaques mundiais na arte urbana.
As obras urbanas do curitibano Rimon Guimarães são fruto de uma relação estabelecida com o universo das cores desde a infância e que hoje estão presentes em mais de 25 países. As redes sociais são um dos principais meios de divulgação do trabalho dele, permitindo que pessoas do mundo inteiro conheçam e apreciem o talento presente em murais, na fachada e no interior de estabelecimentos. Além do grafite, o artista se expressa por meio da música.
Uma publicação compartilhada por Panmela Castro. (@panmelacastro)
Nascida no Rio de Janeiro, Panmela Castro busca colocar nas obras as vivências femininas, impulsionando grafites que se espalham pelas ruas da cidade e dão maior voz às mulheres. A partir disso, um dos objetivos dela é dar relevância para temas como a violência doméstica, a igualdade, os direitos humanos e a contestação de valores, alimentando, assim, um poderoso elo com o público, promovendo a conscientização e fazendo da observação do trabalho e das próprias experiências uma janela para novas perspectivas.
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As telas e os muros coloridos de Filite assumem diferentes formas e evidenciam um processo criativo bastante particular e expressivo, com o uso de elementos simbólicos, como a borboleta, além da constante presença de rostos. Nas redes sociais, ele surpreende ao compartilhar as obras e parte do processo de criação delas, mostrando o quanto a arte faz parte da vida e pode estar mais presente no cotidiano da população. Atualmente, o trabalho de Filite pode ser visto em fachadas e paredes de diversas cidades.
A presença de cores vibrantes em murais gigantes é o que confere aos projetos de Kobra grande vivacidade. Ativista, ele utiliza a arte como ferramenta para se expressar sobre diversos temas de grande relevância, retratando personalidades que lutaram pela paz, além de prestigiar outros grandes artistas. A arte urbana do muralista também chegou ao exterior, sendo a homenagem a David Bowie, nos Estados Unidos, situada em um edifício de 18 andares e 55 metros de altura, um dos trabalhos mais belos e conhecidos de Kobra.
Fonte: Wikipedia, UFPEL
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