Como pensar a cidade para crianças?

11 de outubro de 2021 3 mins. de leitura

Um espaço urbano desenhado para proporcionar acessibilidade para crianças pode melhorar a cidade para todos os seus cidadãos

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O planejamento urbano pensado para as crianças é um campo relativamente novo. Essa abordagem defende uma atuação coerente e sistemática para a concepção de cidades que melhorem o desenvolvimento dos pequenos, garantindo o acesso a oportunidades de lazer e deslocamento.

A quantidade de tempo que esse público passa brincando ao ar livre, sua capacidade de se locomover de forma independente, e seu nível de contato com a natureza são fortes indicadores de uma boa qualidade de vida. Por isso, ações para construir uma cidade acessível aos pequenos podem fomentar pautas como saúde e bem-estar, sustentabilidade e segurança. 

Cidades para as crianças

Uma cidade amigável para crianças pode garantir o acesso a oportunidades para todos os cidadãos. (Fonte: Shutterstock/Monkey Business Images/Reprodução)
Uma cidade amigável para crianças pode garantir o acesso a oportunidades para todos os cidadãos. (Fonte: Shutterstock/Monkey Business Images/Reprodução)

De acordo com projeções das Nações Unidas, em torno de 70% da população mundial viverá em cidades em 2050. A maioria dos residentes urbanos será de menores de 18 anos. Atualmente, esse número já ultrapassa 1 bilhão de pessoas. Isso mostra o quão urgente é ampliar a acessibilidade desse público.

As coisas que as crianças demandam de uma cidade são: ruas seguras e limpas, acesso a espaços verdes, ar puro, a liberdade de ver amigos e algum lugar para chamar de lar. Confira algumas melhorias necessárias.

1. Segurança

Ambientes seguros são fundamentais para a mobilidade urbana do público infantojuvenil. (Fonte: Shutterstock/Yau Ming Low/Reprodução)
Ambientes seguros são fundamentais para a mobilidade urbana do público infantojuvenil. (Fonte: Shutterstock/Yau Ming Low/Reprodução)

Um relatório do Policy Studies Institute (PSI) recomenda a implementação de medidas rigorosas de segurança no trânsito, reduzindo a dependência do carro e colocando as necessidades das crianças no centro de ordenamento do território e desenvolvimento urbano.

Além disso, tráfego, poluição, crime e outros perigos podem impactar a liberdade dos pequenos, mais vulneráveis nas ruas. Por isso, os planejadores têm a responsabilidade de criar ambientes seguros para eles. 

2. Comunidades fortes

Onde os jovens têm boas redes de apoio social informal, níveis mais elevados de bem-estar são observados. O contato social entre membros da comunidade de todas as idades ajuda a construir relacionamentos e promover na vizinhança uma esfera pública acolhedora, inclusiva e acessível.

3. Natureza e sustentabilidade

Uma conexão com o mundo natural está associada a uma gama de benefícios para a saúde física e mental, incluindo taxas mais baixas de obesidade, depressão, estresse e transtornos de atenção.

Parques e a natureza podem fomentar um senso de pertencimento especialmente às crianças que demandam locais onde possam circular livremente, encontrar coleguinhas e ter contato com o meio ambiente.

4. Resiliência urbana

As crianças são especialmente vulneráveis às mudanças do clima e os impactos de uma urbanização desordenada. Medidas que melhoram a resiliência das áreas urbanas podem criar oportunidades para expandir as liberdades cotidianas. O design adequado para crianças pode garantir uma resposta de uma cidade a ameaças como enchentes, terremotos e tsunamis.

Fonte: Arup, Nações Unidas, New Geography, Child Friendly Cities, Rethinking Chilhood.

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