Conforme mais opções chegam ao mercado nacional, quem busca carros elétricos e não poluentes pode fazer escolhas mais interessantes
Publicidade
A eletrificação da frota no Brasil ainda não está no mesmo nível da Noruega, onde já são vendidos mais automóveis elétricos do que a combustão, mas a gama de opções por aqui está aumentando gradativamente, assim como as vendas. Em julho de 2021, há 15 opções no mercado nacional, de vários portes, estilos e faixas de preço.
Nesse contexto, quem tem interesse em um carro movido por baterias pode não saber como escolher o modelo ideal para seu estilo de vida nem quais fatores levar em conta na hora da decisão. Pensando nisso, o Summit Mobilidade Estadão preparou um guia completo com os sete melhores carros elétricos à venda no Brasil. Confira!
Preço: a partir de R$ 390 mil.
Destaques positivos: bom desempenho e luxo, com custo-benefício racional.
De um lado, os carros elétricos na faixa dos R$ 200 mil se parecem muito com modelos a combustão que custam metade desse valor. De outro, os modelos que oferecem bom acabamento e itens de série estão em um patamar quase inalcançável de luxo.
O XC40 se encaixa em um meio-termo: não é barato, custando quase R$ 400 mil, mas parece mais racional frente às outras opções disponíveis no mercado. O SUV tem dois motores elétricos, que totalizam 408 cavalos de potência e permitem uma autonomia de 418 quilômetros.
Além disso, a Volvo disponibiliza cerca de 700 pontos de recarga. Segundo informações divulgadas pelo Jornal do Carro/Estadão, quem adquirir o modelo na pré-venda, iniciada no fim de maio, ganha um wallbox para carregamento rápido em casa. As entregas aos clientes começam em setembro.
Preço: a partir de R$ 590 mil.
Destaques positivos: esportividade, luxo e design.
O sedan elétrico da Porsche também oferece luxo, como o Audi, mas com uma pitada a mais de esportividade: são 435 cavalos de potência na versão mais “acessível”, de R$ 590 mil, enquanto a top de linha oferece até 761 cavalos, indo de 0 a 100 quilômetros por hora em 2,8 segundos. Porém, o preço pode passar da marca de R$ 1 milhão.
O design do Taycan segue a linha dos esportivos da marca alemã, mas com os toques modernos e agressivos típicos dos carros elétricos.
Preço: a partir de R$ 530 mil.
Destaques positivos: desempenho e luxo a bordo.
O e-tron não fica devendo nada para outros carros a combustão da mesma faixa de preço. Desse modo, ele foi o carro elétrico mais vendido do Brasil em 2020, com 183 unidades.
Por R$ 530 mil, o comprador do SUV elétrico da Audi leva um potente conjunto de força com dois motores (um em cada eixo), que somam 408 cavalos e 67,7 mkgf de torque. A autonomia é de 446 quilômetros, e a recarga rápida de 80% da bateria pode ser feita em 30 minutos. A versão Sportback, com carroceria mais esportiva, custa R$ 30 mil a mais.
Preço: a partir de R$ 205 mil.
Destaques positivos: autonomia e tecnologia atualizada.
A alta do dólar está dificultando o custo-benefício dos carros elétricos no Brasil — o próprio Renault Zoe custava em torno de R$ 150 mil antes dos reajustes. Porém, pelos R$ 205 mil cobrados atualmente, o comprador pode levar a versão renovada do modelo, lançada recentemente na Europa.
O design está mais atraente, em especial no interior, que usa materiais reciclados. Mas o grande destaque dessa versão é a autonomia muito maior: agora são 385 km.
Preço: a partir de R$ 278 mil.
Destaques positivos: confiabilidade e carregador rápido incluso.
Nenhum automóvel, ainda mais elétrico, pode ser considerado barato no Brasil, já que faltam incentivos governamentais para baixar os preços, e a alta do dólar só fez agravar essa situação. Contudo, os R$ 278 mil cobrados pela Nissan no modelo Leaf já incluem o carregador rápido instalado — isso diminui a recarga completa de 20 para 8 horas. É possível restabelecer 80% da autonomia (389 km) em 40 minutos com o equipamento.
O Nissan Leaf foi apresentado em 2010 e está na sua segunda geração, sendo o carro elétrico mais vendido do mundo desde então. Com tanto sucesso, é seguro afirmar que se trata de um modelo bastante sólido e confiável.
Preço: a partir de R$ 235 mil.
Destaques positivos: design marcante, bom desempenho e rede de carregadores BMW.
Uma das principais críticas aos carros elétricos, em seu início, era o design futurista de alguns modelos — o que era uma forma de diferenciá-los dos carros a combustão, mas causava estranheza em alguns consumidores. Com o Cooper S E, não existe esse problema, já que as linhas são as mesmas do carismático MINI.
O desempenho é outro destaque do Cooper S E, com motor de 184 cavalos para movimentar uma carroceria relativamente pequena. É possível rodar até 234 km com uma recarga, que custa R$ 30, considerando os preços da energia em São Paulo. O grupo BMW, dono da MINI, conta com uma rede de 250 carregadores rápidos no Brasil, que podem ser usados gratuitamente pelos donos de seus veículos.
Preço: a partir de R$ 274 mil.
Destaques positivos: autonomia e rede de concessionárias.
O monovolume elétrico da Chevrolet foi o segundo carro elétrico mais vendido no Brasil no ano passado. As justificativas para esse sucesso estão no ótimo espaço interno, no acabamento satisfatório e no desempenho, com seu motor de 203 cavalos e 36,7 mkgf de torque instantâneo. A autonomia é de até 416 km, com carregamento da bateria em 9 horas na wallbox (vendida separadamente).
Uma nova geração do Bolt, com direito a uma versão SUV, foi apresentada nos Estados Unidos recentemente e deve chegar ao Brasil no início do próximo ano. A rede de concessionárias Chevrolet licenciadas para vender e dar assistência ao Bolt foi triplicada recentemente: de 26 para 79 pontos, em várias cidades do Brasil.
Ao longo de 2021, diversos novos carros elétricos devem ser adicionados aos catálogos das marcas presentes no Brasil — o que pode mexer nessa lista. Por isso, é sempre bom ficar de olho nas novidades compartilhadas pelo Summit Mobilidade Estadão.
Fonte: Top Gear, Jornal do Carro.