Entenda como funciona a Tabela Fipe e quais são os fatores que podem influenciar os preços de veículos usados
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A hora de trocar de carro é aguardada com muita ansiedade pela maioria das pessoas, e o mercado de usados é a maneira que muita gente tem de experimentar diferentes veículos.
A comercialização de automóveis, entretanto, ainda gera muita dúvida e preocupação nos compradores pela grande variação de preços, que ocorre até entre veículos de mesmo modelo e ano.
Para sanar essas dúvidas, muita gente recorre à Tabela Fipe, mas o índice é aberto a variações e não há regras que obriguem o seu uso. Para quem tem dúvidas sobre como é definido o valor de um veículo usado, siga esta leitura.
Com o mercado dos carros zero-quilômetro apresentando preços cada vez mais impeditivos, muitos brasileiros têm-se voltado para o mercado de carros usados, então o segmento está crescendo. O ano de 2021 apontou um crescimento de 17% nas vendas de veículos usados no Brasil quando comparado aos números de 2020.
Com o grande número de opções para adquirir um novo carro usado, como sites de veículos, concessionárias e sites de vendas de particulares, os valores podem variar muito. Por isso, convencionou-se a usar como base de preços a Tabela Fipe.
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A Tabela Fipe foi criada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 1973. O órgão surgiu como uma maneira de auxiliar a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), que prestava o serviço de Preço Médio de Veículos para o governo e outras empresas privadas. Logo, o índice se tornou referência e a pesquisa mais completa de preços de veículos no Brasil.
A fundação pesquisa mensalmente os preços de cada veículo disponível no mercado brasileiro e alimenta essa tabela. São usadas técnicas estatísticas para desconsiderar valores muito discrepantes em relação à média de valores encontrados, com a finalidade de mostrar o valor mais correto possível praticado pelo mercado.
O índice se tornou tão reconhecido que, atualmente, é usado como base para o cálculo de impostos, como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), e por seguradoras.
Apesar da alta confiabilidade da Tabela Fipe, não há regras que garantam o seu uso como base de preços. Diversos fatores podem influenciar o valor de um carro usado, vejamos alguns a seguir.
Provavelmente o fator que mais pesa na hora de escolher um veículo usado é a quilometragem. A rodagem do veículo gera desgaste natural das peças e, mesmo que as manutenções estejam em dia, a vida útil do veículo diminui se a quilometragem for maior.
O “santo graal” para qualquer comprador que busque um carro no mercado usado é um veículo bem conservado e com pouca quilometragem. Carros com as manutenções previstas por quilometragem em dia, sem detalhes na pintura e na lataria e com peças em bom estado podem ser vendidos por valores consideravelmente maiores dos que os da Tabela Fipe.
A Tabela Fipe calcula o valor do veículo com os itens de fábrica. Por isso, acessórios, como diferentes jogos de roda, som, instalação de ar-condicionado e outros itens podem valorizar o veículo.
O fato de o veículo estar sendo vendido por uma intermediadora, como uma concessionária ou loja, pode encarecer o produto. Isso, porém, pode ser uma boa opção já que empresas reconhecidas prestam bons serviços de manutenção e conserto dos veículos, além de oferecer garantia. Se você optar por comprar um carro em particular, lembre-se de pedir a opinião de alguém que entenda bem de veículos para não ter preocupações.
Fonte: Diário da Região, RodoBens, Insta Carro, OverBR, Fipe, Tabela Fipe.