Qual é a infração de trânsito mais cometida do Brasil?

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Uma infração de trânsito pode ser conceituada como qualquer descumprimento das normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A prática de uma infração é passível de penalidade por multa, pontuação na carteira, recolhimento do veículo e até perda do direito de dirigir. Apesar de as normas terem sido criadas com objetivo de garantir a segurança da vida do motorista e de todos os outros envolvidos no trânsito, o descumprimento da lei é preocupantemente alto no Brasil. Mas quais são as infrações de trânsito mais cometidas no Brasil?

Infração de trânsito mais cometida no Brasil

Entre as infrações mais cometidas pelos brasileiros estão algumas das que mais causam mortes. O último relatório do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf), divulgado em março de 2022, listou as seguintes:

1. excesso de velocidade;
2. avanço de sinal vermelho;
3. não utilização do cinto de segurança;
4. estacionamento na calçada;
5. manuseio do celular ao volante.

Segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), antes da pandemia de covid-19, cerca de 6 milhões de infrações de trânsito eram registradas por mês no Brasil. Em 2020, no auge das medidas de distanciamento social e isolamento, os números chegaram a cair para cerca de 780 mil infrações por mês. Com a retomada das atividades presenciais após a vacinação, os números estão voltando a crescer.

Infrações que colocam vidas em risco

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de mortes no trânsito vem subindo nos últimos anos. Em 2021, foram cerca de 1,3 milhão de mortes no mundo, média de 3,5 mil por dia. Além disso, cerca de 50 milhões de pessoas sofreram lesões sérias.

Dados do Observatório Nacional de Segurança Viária mostram que 90% dos acidentes no Brasil são causados por falha humana, e a infração mais cometida tem altos índices de fatalidade.

Além de ser a infração de trânsito mais cometida no Brasil, exceder o limite de velocidade é a maior causa de acidentes graves no País. Estudos demonstram que limitar a velocidade dos carros a no máximo 30 km/h, como é feito em grande parte dos centros urbanos, reduz em 27% o número de acidentes e em até 70% o número de mortes. Nos casos em que pedestres são atropelados a mais de 60 km/h, as chances de sobrevivência são pouquíssimas.

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Multas para os infratores

Para coibir o excesso de velocidade, as multas são pesadas para os infratores. Quem é pego dirigindo com velocidade 20% maior do que o permitido, é multado em R$ 130 e recebe quatro pontos na carteira.

Quem dirige com velocidade entre 30% e 50% acima do permitido comete infração grave, recebe cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e paga R$ 195. Quem é pego dirigindo com velocidade 50% superior à permitida comete infração gravíssima, recebe sete pontos na carteira e paga multa com fator multiplicador três, com um total de R$ 880.

Outra infração que coloca vidas em risco é a falta do uso do cinto de segurança. O item é o mais básico e um dos mais efetivos na hora de proteger motoristas e passageiros em casos de acidente.

Usar o cinto de segurança reduz em 45% as chances de óbito de quem está nos bancos da frente e em até 75% as chances de morte quem está sentado no banco traseiro.

Não utilizar o cinto de segurança é uma infração grave penalizada com cinco pontos na CNH e multa no valor de R$ 195,23. Motoristas que transportam crianças sem cinto ou sem cumprir as regras de segurança para cada idade cometem infração gravíssima com multa de R$ 293,47 e sete pontos na CNH.

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Fonte: Portal do Trânsito, Karvi, CFC Real, Organização Pan-Americana da Saúde, Portal do Trânsito.