Monotrilho (SP): como funciona e quais são as linhas disponíveis

19 de dezembro de 2022 4 mins. de leitura

Trem que circula nas alturas ajuda a promover a mobilidade urbana

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Na busca pela melhoria da mobilidade urbana, os transportes ferroviários podem ser a saída para descongestionar as grandes cidades. Dentre eles, uma opção é o monotrilho, um veículo altamente moderno, com tecnologia aplicada e que pode trazer também outros benefícios como mais economia e, principalmente, menor impacto ambiental.

O monotrilho existe em diversas cidades do mundo, mas é aqui no Brasil, na cidade de São Paulo, que fica o monotrilho com maior capacidade do mundo, podendo levar 48 mil passageiros.

Mas afinal, o que é o monotrilho?

O monotrilho é um veículo da família dos trens e, por mais que o nome indique outra coisa, o monotrilho é conectado a dois trilhos laterais. Mas por que então ele se chama assim?

Na verdade, o monotrilho usa os trilhos apenas para se conectar, pois ele utiliza pneus para se locomover e sistema de tração elétrica. O fato de receber esse nome é porque ele se desloca sobre uma viga, como se andasse em apenas um trilho. Mesmo o monotrilho usando pneus para andar, ainda é classificado como trem.

O monotrilho fica “agarrado” aos trilhos laterais e à viga. (Fonte: Shutterstock/ Reprodução)

O monotrilho ajuda a desafogar um pouco o tráfego das grandes cidades, já que a viga pela qual ele se desloca está acima das áreas de tráfego, podendo parecer até uma espécie de montanha russa (mas sem o pânico e o frio na barriga).

O monotrilho da Linha 15 – Prata do Metrô de São Paulo, por exemplo, desloca-se por uma viga de 69 centímetros de largura, com as vias e as estações ficando elevadas a uma altura que vai de 15 metros a 20 metros. A velocidade comercial média é de 35 km/h, podendo chegar à máxima de 80 km/h.

Apesar da viga parecer estreita e aparentar não haver segurança, o monotrilho é considerado seguro, pois está preso às vigas pelas laterais.

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Outro fato que pode assustar o passageiro é a possibilidade de o veículo apresentar defeito e ficar parado lá no alto. Quanto a isso, pode relaxar, pois há passarelas de emergência caso seja necessária a evacuação.

São Paulo hoje conta com a Linha 15 Prata, que conecta as regiões Leste e Sudeste à rede de trilhos da capital e a Linha 17 Ouro, que terá como ponto principal a estação do Aeroporto de Congonhas. A Linha 15 Prata está funcionando e em processo de expansão. A Linha 17 Ouro ainda não teve as obras concluídas.

Mobilidade e planejamento urbano

O monotrilho é uma ferramenta importante na luta para desafogar o trânsito das grandes cidades, além de trazer mais opções de transporte público para as milhares de pessoas que precisam se deslocar todos os dias.

Monotrilho implantado em São Paulo conta com áreas arborizadas e vias para ciclistas. (Fonte: Shutterstock/ Reprodução)

Por mais que seja uma construção que tenha uma boa altura, o que poderia “sujar” a paisagem, quando feita de forma adequada e respeitando o planejamento urbano, a implementação desse modal pode ser uma boa solução.

A estrutura construída em São Paulo mostra bem isso, pois abaixo das vias de trânsito do monotrilho estão sendo implantadas ciclovias e áreas arborizadas. A intenção é melhorar a paisagem do local e promover maior mobilidade e segurança para ciclistas e demais pessoas que utilizam a área.

Outro ponto importante é o número menor de desapropriações que a obra necessita, visto que as estações estão instaladas no canteiro central das avenidas por onde o trem passa.

Os sistemas de monotrilhos ainda permitem que as áreas fiquem bem iluminadas, pois a altura permite que os raios solares passem e cheguem ao solo, ajudando o processo biológico das plantas e evitando que a cidade fique escura, fato que infelizmente ocorre em grandes construções.

Fonte: Metrô São Paulo, CTPM, Observatório Metro-Ferroviário, Governo de São Paulo

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