Como o transporte pode colaborar para o desenvolvimento das cidades?

13 de março de 2020 3 mins. de leitura

O Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável articula o uso do solo de forma eficiente com a infraestrutura de transportes para orientar o crescimento urbano

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Quando planejado adequadamente, o transporte pode se tornar um importante vetor do crescimento urbano, propiciando uma cidade mais eficiente e mais humana. O conceito de Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável (Dots) foi criado para organizar o crescimento regional de forma compacta e baseada no transporte ativo e coletivo.

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O modelo Dotsprocura estimular o fomento a bairros compactos de alta densidade, para evitar grandes deslocamentos e aumentar a acessibilidade aos serviços.

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A cidade deve ter diversos pontos de concentração de atividades, como moradia, empregos e serviços, interligadas por uma diversidade de meios de transportes conectados entre si de modo eficiente.

Hubs de transporte podem alavancar desenvolvimento local

Os pontos centrais distribuídos pelo espaço urbano devem estar integrados a uma malha de mobilidade, onde os nós ou hubs da rede podem promover uma variedade de interações entre os modais de transporte, os pedestres e seu entorno. Esse modelo representa um importante indutor da vitalidade urbana, é totalmente replicável e serve de inspiração para outras intervenções em locais semelhantes.

Em cada nó da rede, devem ser estabelecidos terminais de conexão com a rede de mobilidade, a fim de permitir a integração intermodal com o restante da cidade. Nesses pontos, as estações de transbordo — locais de atratividade de um grande número de usuários — podem se tornar importantes centros para dinamização da vida local.

(Fonte: Shutterstock)‌‌

Os acessos às estações impactam uma área bem mais ampla do que seu entorno imediato. Quando bem planejados, resultam na melhoria dos deslocamentos de toda a região.

Os recursos para qualificação dos acessos devem estar previstos nas fases de projeto e construção dos sistemas de transporte coletivo de média e alta capacidade. Em sistemas já em operação, diferentes mecanismos de financiamento e fontes de recursos devem ser buscados para a sua viabilidade.

Exemplos pelo mundo

O mundo tem transformado as suas estruturas de transporte com o atrativo de serviços, segundo relata Roberta Marchesi, diretora-executiva da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANTP). “Alemanha, China e Japão são somente alguns dos muitos exemplos de países que têm deslocamentos pensados de forma integrada com a cidade. O mundo tem transformado as suas estruturas de transporte com o atrativo de serviços”, exemplifica Marchesi.

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Ainda de acordo com a especialista, “algumas estações possuem restaurantes, desde os de comida rápida, como lanchonetes e hamburguerias; aos mais refinados, que sediam reuniões de negócios”.

No Japão e na China, todo o desenvolvimento é orientado para o transporte. Marchesi explica que esses países “avançaram nesse modelo e interligaram torres comerciais, residenciais e shopping centers às suas estações de transporte ferroviário, criando verdadeiros bairros associados a essas estações”.

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No Brasil, o modelo está presente na cidade de São Paulo. Em quatro estações de metrô (Santa Cruz, Tucuruvi, Tatuapé e Corinthians-Itaquera) existe integração entre os acessos dos terminais de mobilidade e shopping centers. Outras cidades — como Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Recife e Maceió — também demonstraram interesse na proposta.

Fonte: ANP Trilhos

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