Capital portuguesa abriu novas ciclovias e tem oferecido reembolsos para a compra de bicicletas
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Três milhões de euros é o total desembolsado pela Prefeitura de Lisboa para mais uma ação de incentivo à ciclomobilidade divulgada em meio à pandemia do novo coronavírus. A quantia é destinada a reembolsos para a compra de bikes em lojas credenciadas pela capital portuguesa. O benefício pode chegar a 500 euros por pessoa, o que equivale a aproximadamente R$ 3 mil.
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Quem vive ou trabalha na cidade tem direito ao auxílio. São oferecidos até 150 euros a quem compra bicicletas convencionais, 350 euros a quem adquire bicicletas elétricas e 500 euros aos que compram bicicletas cargueiras.
Esse tipo de incentivo tem aparecido em toda a Europa durante a pandemia de covid-19, que tem impulsionado a busca por modais que privilegiem o distanciamento social. Em Bolonha, por exemplo, no Norte da Itália, a Prefeitura da cidade passou a oferecer cerveja e sorvete para quem deixa o carro em casa e opta pela bike.
A propósito, a Itália, que é o segundo maior produtor de bikes do mundo, também se propôs a oferecer auxílios para a compra de bicicletas em cidades com mais de 50 mil habitantes, capitais regionais e municípios de regiões metropolitanas.
O uso de bicicleta vai aumentar no pós-pandemia?
No Reino Unido, onde pesquisas estimam que haja aproximadamente 16 milhões de bicicletas danificadas, foi lançada recentemente pelo Governo a campanha Fix Your Bike Voucher (“voucher para conserto de bikes”, em tradução livre), que oferece vales de até 50 libras para os britânicos consertarem suas bicicletas.
Além do auxílio na compra de bicicletas, a capital portuguesa também converteu faixas de carro e vagas de estacionamento em ciclovias pop-up — rotas temporárias para ciclistas que, em muitos lugares do mundo, podem se tornar permanentes em nome da sustentabilidade.
Segundo o portal Mobilize, Lisboa tem 105 km de malha cicloviária, e a meta é ampliar essa extensão para 200 km até 2021. Além de suprir uma demanda desse momento de pandemia, a proposta visa tornar o município mais sustentável, aberto às pessoas e, consequentemente, com maior oferta de qualidade de vida para a população.
Micromobilidade: por que a bicicleta é o meio mais saudável?
“Queremos criar uma cidade mais saudável, mais verde, mais sustentável. Com mais espaço para as pessoas, com humanização do espaço público, áreas ao ar livre, bem como mais segurança, saúde e sustentabilidade”, disse o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.
A perspectiva faz sentido também do ponto de vista econômico. Uma pesquisa alemã, por exemplo, que levou em conta dados de 106 cidades europeias que somam 1.094 km de novas ciclovias pop-up, mostrou que essas rotas temporárias de toda a Europa podem poupar até US$ 3 milhões por ano em saúde.
E não é apenas a Europa que tem seguido essa tendência, Bogotá, uma das primeiras cidades latino-americanas a partilhar dessa ideia, já abriu 76 quilômetros de áreas temporárias para bikes.
Fonte: Mobilize
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