Conheça estratégias que podem ser utilizadas na otimização da logística brasileira entre o interior e as grandes cidades
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Viver em um país de dimensões continentais apresenta uma série de desafios. Um deles é o aspecto logístico. Garantir que produtos e serviços cheguem até cidades distantes é uma tarefa árdua, ainda mais no caso das pequenas cidades, em que os custos são maiores em razão da escala menor.
As transportadoras sentem na pele essa dificuldade. Entre tornar o atendimento de pequenas cidades economicamente viável e ofertar um serviço com preço acessível ao cliente final, elas se veem em uma corda bamba. Mas, como essas empresas lidam com as dificuldades e por que a logística é um serviço que apresenta gargalos estratégicos?
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Você já deve ter visto que o Norte e o Nordeste sofrem com as políticas de frete grátis. Mas esse tipo de dificuldade não é exclusiva dos Estados do topo do mapa. Mesmo no eixo Sul-Sudeste, onde a concentração populacional é maior, as cidades pequenas têm fretes caros e isso inviabiliza cadeias produtivas inteiras.
Um exemplo disso é que, segundo o Reclame Aqui, 64% dos consumidores não finalizam compras por conta do frete. Então, como resolver esse problema?
As empresas apostam em diferentes estratégias para driblar os limites, como planejar as rotas de forma otimizada, considerar trechos com fluxo menor, realizar entregas noturnas e diferenciar os modais de entrega.
O grupo MOVE3 oferece ainda outro caminho: regionalizar ao máximo as experiências logísticas por meio de franquias. Assim, as diferentes agências “falam a mesma língua”, otimizam processos e tornam a logística mais rápida, descomplicada e barata. Esse é um exemplo de que as soluções vêm em cadeia e não de modo pontual.
Na busca por soluções, as empresas de logística enfrentam alguns problemas estruturais. Um deles é a qualidade das estradas brasileiras, sobretudo no interior do País. Asfalto de má qualidade, buracos, falta de sinalização e faixas simples são o cotidiano de motoristas que ligam o interior às principais cidades. Sejam demandas interurbanas, sejam transportes campo-cidade, a estrutura ainda é bastante precária.
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Esse problema é reflexo de um modal estritamente rodoviarista. O Brasil tem poucas ferrovias e as hidrovias são ainda mais subutilizadas: dois terços desse potencial é ignorado, apesar de o País figurar entre os mais navegáveis do mundo. Apenas a bacia do rio Amazonas tem 50 mil quilômetros utilizáveis.
Centrado nas estradas, o transporte tem na segurança outro aspecto que preocupa. Roubos de carga são tão comuns que remessas maiores e mais caras só viajam sob escolta de carros batedores, encarecendo o serviço.
Esses são exemplos de como ainda há muito espaço para inovar e criar soluções na logística brasileira. Buscar saídas para esses gargalos é algo tão necessário quanto pode ser rentável. Como diz a música: “no sertão as cidades esperam o dia em que o asfalto chega”.
Fonte: Bsoft, Reclame Aqui, Intelipost, Blog Logística, CNT.