Rio de Janeiro terá estações fixas de bicicleta elétrica

27 de outubro de 2020 4 mins. de leitura

Cidade vai ganhar o primeiro sistema de compartilhamento de bikes com estações fixas da América Latina

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O Rio de Janeiro (RJ) será a primeira cidade da América Latina a ter um sistema de compartilhamento de bicicletas elétricas com estações fixas. A implementação, realizada pelas empresas Tembici e Itaú Unibanco, será feita de forma gradual para monitorar o perfil de uso do veículo. Até o fim de outubro, cerca de 500 bikes elétricas estão disponíveis.

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A ação faz parte de um plano de recuperação das viagens mediadas pela Tembici impactadas durante o ápice da quarentena provocada pela pandemia de coronavírus. A ideia surgiu de um programa piloto realizado em São Paulo que mostrou que as e-bikes tinham rodagem de duas a três maior que as bicicletas comuns.

Para a implantação do sistema, a empresa deve investir R$ 10 milhões em galpões no quais ficarão localizadas as estações fixas, bem como na eletrificação desses ambientes. Apenas em 2019, a startup teve faturamento acima de R$ 100 milhões e realizou 20 milhões de corridas no Brasil, na Argentina e no Chile.

Como funciona o sistema?

Cariocas terão 500 bicicletas elétricas para compartilhamento. (Fonte: Shutterstock)
Cariocas terão 500 bicicletas elétricas para compartilhamento. (Fonte: Shutterstock)

No início do projeto piloto, as e-bikes puderam ser utilizadas sem nenhum custo extra para usuários que já assinam os planos do serviço Bike Rio. A partir da liberação gradual, os clientes habilitados poderão optar pela bicicleta elétrica com valor a partir de R$ 3 para utilização por até 15 minutos.

A bicicleta elétrica é leve e não tem acelerador; o motor é acionado por um sistema de pedal assistido ao pedalar. O veículo alcança velocidade máxima de 25 quilômetros por hora e conta com freios e peças de transmissão com o selo de empresas renomadas do mercado, o que garante qualidade e segurança.

Com o lançamento do compartilhamento das e-bikes, a Tembici disponibiliza aos usuários o Manual do Ciclista, um material educativo que fornece informações sobre os veículos, além de regras de trânsito.

Bicicleta elétrica

A bike elétrica permite que os usuários façam deslocamentos mais longos por diferentes relevos e com menor esforço. O veículo também possibilita a combinação entre diversos modais e a redução do custo das rotas.

O presente e o futuro do bike boom durante a pandemia

“Sabemos que grande parte dos trajetos que as pessoas fazem no dia a dia não passa de 5 km, distância que pode ser facilmente percorrida com esse equipamento”, diz Tomás Martins, CEO da Tembici. Dessa forma, “a implementação de bicicletas elétricas traz um enorme ganho para o cenário de micromobilidade na América Latina”, explica.

De acordo com um estudo da WRI Brasil, um percurso de 5 km na cidade de São Paulo é feito em 29 minutos de carro, em média, enquanto de bicicleta elétrica o tempo é de 17 minutos. As e-bikes não emitem poluentes e são silenciosas.

Modal seguro

Durante o ápice da crise sanitária, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou a bicicleta como o veículo mais seguro para deslocamentos. O número de ciclistas nas ruas do mundo vem aumentando exponencialmente, em especial após a reabertura gradual da economia. No Bike Rio, por exemplo, houve aumento de 63% em viagens em agosto, com flexibilização das medidas restritivas de deslocamento, quando comparado a abril, no início da quarentena.

Como serão as cidades 10 anos depois do coronavírus?

A bicicleta foi apontada como a primeira opção de transporte por 49% dos participantes de uma pesquisa realizada com clientes do Bike Itaú no início de setembro. Os principais motivo da escolha, apontados por 39% das pessoas ouvidas, são a rapidez e a praticidade do veículo. Os entrevistados apontaram, ainda, vantagens como segurança, por ser um transporte individual, e a possibilidade de praticar exercícios e melhorar a qualidade de vida.

Fonte: Mobilize, Estadão, Tembici

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