Conheça o maior evento de mobilidade urbana do Brasil.
A quantidade de carros trafegando todos os dias pelas grandes cidades é grande. Para que o trânsito possa ser mais harmonioso e fluído, algumas cidades pelo mundo utilizam o sistema de rodízio de veículos como ferramenta para mobilidade urbana, contribuindo para a diminuição da poluição do ar, ajudando na saúde da população e do planeta.
Atualmente, as cidades de Atenas (Grécia), Bogotá e Medellín (Colômbia), Cidade do México (México), La Paz (Bolívia), Pequim (China), Quito (Equador), San José (Costa Rica) e Santiago (Chile) utilizam o rodízio veicular de maneira permanente. Já no Brasil, o rodízio de veículos é adotado apenas na cidade de São Paulo (SP) e teve seu início nos anos 1990.
Como funciona o rodízio de veículos?
A ideia da implementação do rodízio de veículos é reduzir o número de automóveis circulando ao mesmo tempo no horário de pico. Com isso, ocorre a redução de congestionamento nas áreas de tráfego mais intenso, aumentando a fluidez do trânsito e diminuindo a emissão de gases poluentes.
Para definir qual é o veículo que tem autorização para trafegar em um determinado dia, o mais comum é utilizar o número final da placa como padrão, variando o número conforme o dia. Uma cidade pode definir que, por exemplo, às terças-feiras apenas os carros com o final da placa de número 3 poderá trafegar no horário estipulado. O automóvel que for pego pela fiscalização fora do padrão, e não tiver uma liberação especial para trafegar, será multado.
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Como cada cidade tem uma dinâmica, os horários e os dias variam conforme a necessidade de cada uma. Além disso, o rodízio veicular não ocorre em toda a cidade, mas apenas nas regiões que concentram o maior fluxo de carros no horário de pico.
As regras do rodízio são definidas por lei municipal, geralmente estipulando os horários, os dias, o perímetro de abrangência, quais são os veículos que podem circular no período e quais estão livres da restrição por motivo especial.
O rodízio em São Paulo
Na cidade de São Paulo a medida foi criada em 1997, por meio da lei que definiu, entre outros fatores, os dias de ocorrência da restrição e a delimitação da área de incidência do rodízio.
Como mencionado, o rodízio não se aplica à cidade inteira, mas apenas às regiões mais críticas de trânsito, ou seja, aquelas de movimento maior e mais intenso. Na capital paulista, ele é obrigatório nas ruas e avenidas que fazem parte do chamado Centro Expandido, região que abriga a maioria dos serviços da cidade e é composta de bairros que estão em volta do centro histórico. Bairros turísticos, como a Liberdade e o Brás, fazem parte dessa área.
O rodízio ocorre de segunda a sexta, dividido nos dois principais horários de pico da cidade: das 7h às 10h e das 17h às 20h. São Paulo adota o sistema de separação pelo número final da placa, funcionando da forma a seguir.
- Segunda-feira: finais1 e 2.
- Terça-feira: finais3 e 4.
- Quarta-feira: finais5 e 6.
- Quinta-feira: finais7 e 8.
- Sexta-feira: finais9 e 0.
A legislação prevê, ainda, que a restrição imposta durante o rodízio não se aplica em alguns casos, como transporte coletivo e de lotação devidamente autorizados, motocicletas, táxis, transporte escolar, guinchos e empregados de serviços essenciais e de emergência.
Em situações que envolvem saúde, como doenças graves, comorbidades severas e gravidez, é possível fazer o pedido de liberação do rodízio, pois essas pessoas constantemente precisam se deslocar até o médico.