Conheça exemplos de “patadestres”, faixas para animais no trânsito
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De vez em quando um vídeo aparece nas redes sociais mostrando um cachorro esperando o sinal de pedestres abrir para atravessar elegantemente na faixa. À parte dessas cenas virais, a taxa de atropelamento de animais é elevada pelo mundo, e foi pensando em prevenir acidentes que diversas cidades criaram faixas para os bichos, as “patadestres”.
Mais do que esperar os bichinhos atravessarem na área indicada, as faixas visam chamar a atenção dos motoristas e fazer que eles diminuam a velocidade em áreas onde há muito tráfego de animais, sejam selvagens, sejam domesticados. Conheça alguns municípios adeptos dessa ideia.
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A cidade de Ancud, na Ilha Grande de Chiloé, no sul do Chile, foi uma das pioneiras da implantação de uma “patadestre”. A iniciativa começou com a faixa na frente da Clínica Veterinária Municipal da cidade.
Foram desenhadas patas de cachorro com um amarelo brilhante ao lado da faixa de pedestres regular. As cores chamaram a atenção e fizeram que os acidentes no local diminuíssem. Assim, a Unidade de Sinalização Rodoviária repetiu a iniciativa por toda a ilha. Além da faixa, placas de sinalização com representação de animais com coleiras foram colocadas para que os motoristas ficassem atentos às travessias.
No coração do Brasil, diversos pontos do Distrito Federal receberam faixas exclusivas para animais. Apesar de serem similares à faixa de Ancud, com desenhos de patas em amarelo e paralelas a uma faixa de pedestres comum, as faixas do Distrito Federal têm uma grande diferença: o público-alvo.
Elas foram colocadas em estradas e ruas próximas a Áreas de Proteção Ambiental para tentar diminuir o número de atropelamentos de animais silvestres. Em Brazlândia, por exemplo, animais como onças, veados, lobos-guará e capivaras estão entre as principais vítimas de acidentes. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a cor vibrante visa fazer os motoristas aumentarem a atenção e reduzirem a velocidade na área.
A cidade de Três Lagoas (Mato Grosso do Sul), a 338 quilômetros da capital, Campo Grande, também adotou as faixas para animais. Porém, elas têm um formato específico, uma pata com apenas 3 “dedos” longos, uma referência às capivaras que andam pela cidade. Nesse caso, a faixa nem sempre está em conjunto com as de pedestres, e seu amarelo vibrante brilha à noite, momento em que as capivaras costumam sair para se alimentar.
A cidade também incluiu placas de sinalização de possibilidade de travessia de capivaras e outros animais silvestres.
Ribeirão Pires, na região do ABC Paulista, implantou faixa para animais de estimação. Ela consiste em uma faixa de pedestre comum com desenhos de pegadas em amarelo. A iniciativa é uma maneira de chamar a atenção para propostas pet friendly da cidade. A primeira foi instalada na rua que liga dois prédios do legislativo municipal, que agora são abertos para animais de estimação.
Fonte: Município Ancud, Igui Ecologia, LR1, EBC.