Conheça projetos de cidades futuristas que marcaram a história
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Após a Primeira Guerra Mundial, a Europa tentava se reconstruir e vários projetos urbanísticos surgiram nesse período. O arquiteto franco-suíço Le Corbusier foi a primeira pessoa a chamar essas novas propostas de “cidades do futuro”, durante a criação do projeto Ville Radieuse, de 1931, que, embora não tenha saído do papel, foi considerado um marco do que se entende como futurismo.
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O conceito de cidades futuristas não terminaria na ideia de Le Corbusier. Conheça cinco propostas que marcaram a história.
O conceito de cidade-jardim foi desenvolvido pelo urbanista Ebenezer Howard, autor do livro Cidades Jardim do Amanhã (1996). O plano consiste na ideia de conectar o ser humano à natureza.
Ele propõe cidades com superfícies de 2,5 mil hectares no máximo, sendo que apenas 400 hectares estariam destinados a moradias. O plano do urbanista era acomodar 32 mil habitantes em edifícios distribuídos por essa área.
Os outros 2,1 mil hectares deveriam ser destinados a parques públicos, praças e espaços verdes. Howard também defendia a criação de cidades-satélite com as mesmas condições ao redor da principal, todas interligadas por meio de linhas férreas e rodovias.
No século XIX, o arquiteto Orson Squire Fowler acreditava que o desenho urbano era fundamental para a transmissão dos valores da sociedade. Ele defendia que, se as habitações tivessem o formato octogonal, teriam iluminação e aproveitamento de espaço melhores, como também menos gastos com aquecimento e construções.
Por isso, a ideia de Fowler era de que as cidades futuristas tivessem um formato octogonal e, no núcleo, teria uma praça que também tivesse esse desenho. De dentro para fora, casas e celeiros octogonais comporiam o restante da área da cidade.
Frank Lloyd Wright projetou, na década de 1930, Broadacre City, um pequeno município dos Estados Unidos, que anos depois seria modelo para o estilo arquitetônico de Prairie School e se encaixaria em uma proposta para cidades futuristas. Wright eternizou a ideia no livro A Cidade Desaparecida (1932).
O projeto consistia em acomodar até 10 mil pessoas em uma cidade, onde cada família receberia 2,5 mil hectares. A água seria um recurso público e outros bens seriam produzidos localmente, como energia e alimentação. O principal aspecto dessa ideia é a substituição da industrialização por um espaço urbano com muitas áreas rurais.
Fordlândia foi a tentativa de Henry Ford, o fundador da Ford Motor Company, de criar, nos anos 1930, uma cidade na qual tudo funcionaria ao redor de uma fábrica da Ford. Henry comprou alguns terrenos no estado do Pará, aqui no Brasil, para onde enviou funcionários para trabalhar na fabricação de pneus. Na pequena cidade, construiu casas para os funcionários, central elétrica, biblioteca, hospital e campo de golf.
Entretanto, a cidade foi abandonada após os moradores se revoltarem com as jornadas de trabalho exploratórias e também porque perceberam que o solo era inviável para a plantação.
Na década de 1960, a cidade de Seward, no Alasca, tornou-se o centro das atenções de alguns arquitetos e urbanistas. Para aproveitar o petróleo encontrado na Baía de Prudhoe, o plano era criar uma cidade que se encaixasse nos moldes das cidades futuristas.
O pioneirismo estaria em transformar a região em uma cidade completamente fechada, permitindo um clima mais agradável do que o extremo frio do Alasca. Isso aconteceria a partir de um sistema integrado de transporte, escritórios, centros comerciais e espaços esportivos.
Fonte: LOtes CBL, City 4 us, ArchDaily, Coisas da Arquitetura, Fundação Joaquim Nabuco.
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