Conheça os tipos de transporte disponíveis na ilha e saiba como a pandemia tem afetado a mobilidade dos cubanos
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Quem conhece Cuba diz que passear por Havana, capital do país, é como visitar um museu a céu aberto. Seus casarões e carros antigos ilustram uma cidade em que a estética revolucionária e os efeitos do bloqueio econômico ainda resistem diante da modernidade.
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Por essa combinação, a ilha tem sido um destino atrativo para turistas de todo o mundo. Se está pensando em conhecê-la melhor, entenda como funciona a mobilidade no país.
Cuba tem uma série de alternativas no transporte urbano: ônibus, táxi (carro comum, cocotaxi e bicitaxi), carro antigo e, claro, bicicletas. Estas estão entre os veículos que a população mais usa em seu cotidiano.
Em Havana, os ônibus são a opção mais barata. No entanto, os camellos, como são conhecidos pelos cubanos, em geral circulam bastante cheios. Por isso, a população costuma fazer uso de táxi compartilhado e de bicicleta.
Existe na capital uma categoria de ônibus chamados ciclobuses. Esses veículos são abertos, sem bancos, pensados para quem precisa fazer um trajeto intermodal — pedala-se em uma parte do trajeto, depois o ônibus leva o passageiro e a bicicleta no restante do caminho.
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Há também os hop-on hop-off, que são ônibus de dois andares típicos das regiões turísticas: a parte de baixo é fechada e climatizada; a de cima é aberta e permite ao passageiro tirar fotos melhores, apesar de expô-lo ao tempo. Os veículos são chineses e se destacam pelo conforto que oferecem aos passageiros.
Os táxis apresentam quatro modalidades: comuns; compartilhados (chamados de colectivos, máquinas ou almendrones), que fazem trajetos fixos e concorrem com os ônibus; cocotaxi, que é um triciclo motorizado que leva esse nome por ter a parte coberta arredondada; bicitaxis, que são bicicletas adaptadas para levar duas pessoas na parte de trás.
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Como nenhuma dessas opções costuma usar taxímetro, os motoristas normalmente oferecem duas tarifas: uma para moradores do país, em peso cubano, e outra para turistas. Para brasileiros, essas opções costumam ser caras. Por isso, a negociação é a regra desse tipo de transporte urbano.
Já entre as cidades da ilha, que possui um pouco mais de 100 mil km² (área semelhante à de Pernambuco), os cubanos fazem uso dos ônibus da viação Omnibus Nacionales. Estrangeiros devem usar os veículos da estatal Viazul, que tem tarifas mais altas.
Cuba está entre os países que melhor reagiram à pandemia da covid-19: até o dia 18 de maio, o país contava com 79 mortes. A taxa de habitantes para cada óbito está próxima a 145 mil. No extremo oposto, aparecem o Reino Unido, com menos de 2 mil pessoas por óbito, e os Estados Unidos, com índice inferior a 4 mil.
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O sucesso se deve, entre outros aspectos, a uma política de quarentena rígida, com adaptações na mobilidade. O fluxo de pessoas nas ruas cubanas está significativamente menor desde que diversas atividades laborais foram suspensas. Por isso, desde 11 de abril o transporte público urbano, estatal e privado, incluindo o intermunicipal e o rural, está paralisado.
Estão mantidos apenas os serviços de transporte fundamentais para a manutenção de serviços essenciais, mas, mesmo nesses casos, o governo determinou que os veículos não podem ultrapassar a lotação de 50% dos assentos e que os passageiros devem usar máscara.
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Além disso, restaurantes e lanchonetes só podem vender alimentos para consumo em casa, o transporte de cargas fica impossibilitado de transportar pessoas, e os motoristas autônomos — como os taxistas, por exemplo — estão com sua licença suspensa até o fim da quarentena.
Fonte: Arch Daily, TeleSur, Europass, Granma.
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