Apesar de entregadores estarem expostos ao novo coronavírus, não há regulamentação específica para a segurança desses profissionais
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O serviço de delivery e o número de entregadores nas ruas cresceram substancialmente durante a pandemia. Uma pesquisa realizada pela VR Benefícios apontou que, por conta da covid-19, 81% dos restaurantes, lanchonetes, padarias e mercados passaram a oferecer a entrega em domicílio. Antes do novo coronavírus, apenas 49% dos estabelecimentos contavam com esse serviço.
Mesmo estando em contato com várias pessoas diferentes e se locomovendo por diversos lugares, os entregadores não estão incluídos no rol de serviços essenciais. A situação é complicada porque não existe lei específica para garantir a segurança desses trabalhadores, ainda que alguns projetos tramitem no Congresso Nacional.
Apesar disso, existe uma diretriz nacional padronizando os cuidados necessários durante a pandemia para evitar que os entregadores se exponham ao Sars-CoV-2.
Ainda no início da crise sanitária, a Coordenadoria Nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT) emitiu uma nota técnica com orientações sobre as medidas de prevenção à covid-19 no âmbito das empresas de transporte de mercadoria por plataformas digitais.
O documento visa fornecer orientações claras para a segurança dos entregadores e estabelecer as responsabilidades das plataformas de delivery e estabelecimentos comerciais para reduzir ao máximo o risco de contaminação pelo vírus. O MPT orienta que os trabalhadores, durante a entrega das mercadorias, evitem o contato físico e direto com quem as receberá.
O MPT estabelece que as plataformas devem garantir:
De acordo com o documento, os estabelecimentos comerciais devem oferecer:
Fonte: Locomotiva, Ministério Público do Trabalho.