Especialistas preveem que, em 2040, haverá mais carros elétricos do que a combustão em circulação
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Segundo projeções de mercado, a ascensão dos carros elétricos é um caminho sem volta. O último relatório da Bloomberg New Energy Finance (BNEF) indica que, até 2040, 56 milhões de carros elétricos circularão pelas ruas e estradas do planeta — no Brasil não será diferente.
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) aponta que o mercado nacional de automóveis elétricos e híbridos deve crescer de 300% a 500% nos próximos cinco anos.
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As principais montadoras do mundo têm investido na criação de diversos modelos de carros elétricos, estimulando a infraestrutura para abastecimento em vários países. Segundo o relatório da BNEF, mesmo com o atraso causado pela pandemia de covid-19, até 2022 haverá mais de 500 opções de veículos elétricos disponíveis globalmente.
O levantamento indica que, em 20 anos, mais da metade de todos os carros vendidos no mundo serão elétricos. Mercados como China e partes da Europa vão alcançar números ainda mais altos, mas países emergentes reduzirão a média global.
Por muito tempo, acreditou-se que o mercado de veículos elétricos não vingaria diante dos desafio que incluem preços altos, baixa durabilidade das baterias e falta de infraestrutura. Mas, com o avanço das tecnologias, grande parte desses empecilhos está sendo superada.
O apoio político também é um fator determinante na aceleração do setor de carros elétricos, já que os países com as maiores economias do mundo estão sendo pressionados a reduzir suas emissões de carbono. Segundo o relatório da BNEF, um declínio de 87% nos preços das baterias na última década e um impulso verde da União Europeia aumentarão as vendas de carros elétricos na Europa de pouco mais de meio milhão no ano passado para 2 milhões em 2025.
Quais são as vantagens e as desvantagens dos carros elétricos?
No Brasil, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou em fevereiro deste ano o Projeto de Lei do Senado n. 304/2017, que proíbe a venda de veículos novos movidos a combustíveis fósseis, como gasolina ou diesel, a partir de 1º de janeiro de 2030. Com isso, ficarão liberados apenas os modelos movidos a biocombustíveis, incluindo etanol, e os carros elétricos.
O PLS prevê que, a partir de 2040, os automóveis com motor a combustão nem poderão circular, com exceção de modelos de coleção, veículos oficiais e diplomáticos ou carros de estrangeiros.
Diante desses números, o futuro do mercado dos carros a combustão não é nada otimista. A BNEF prevê que nas próximas duas décadas o número de automóveis convencionais será inferior ao de veículos elétricos. A Europa já está sentindo fortemente os efeitos dessa mudança. As principais economias, responsáveis por 13% das entregas mundiais de carros, comprometeram-se a eliminar progressivamente os motores a diesel e a gasolina, alguns já em 2025.
Como a pandemia afeta o desenvolvimento de carros elétricos?
Na Espanha, a Nissan fechou três de suas montadoras perto de Barcelona. A decisão faz parte de uma reorganização mais ampla com os parceiros da aliança Renault S.A. e Mitsubishi Motors Corp., que envolve a redução da produção global em 20%. Cerca de 25 mil trabalhadores do centro industrial da região ficarão sem emprego, segundo reportagem da Bloomberg.
Ainda de acordo com a agência, as montadoras de veículos estão sendo separadas em duas classes: com futuro no mundo elétrico e que serão descartadas em breve.
Fonte: Bloomberg New Energy Finance (BNEF), Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Rádio Senado
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