Milhões de veículos atravessam as rodovias no período de Natal e Réveillon, exigindo maior planejamento de motoristas
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Quem pretende viajar no fim do ano deve investir em organização e adotar alguns cuidados que podem tornar a experiência mais tranquila. Isso pode ser feito de várias maneiras, seja mantendo em dia a revisão do automóvel, seja não abrindo mão da utilização de itens obrigatórios de segurança, evitando multas e acidentes.
Em 2022, os feriados de Natal e Réveillon vão cair em fins de semana, o que pode gerar maior fluxo de veículos já na quinta-feira, acentuando-se a partir de sexta-feira. Entretanto, a ausência de um período de folga mais prolongado pode reduzir, em parte, o número de viajantes nas rodovias de algumas localidades.
Ainda assim, para quem quer evitar congestionamentos, o ideal é procurar viajar com a maior antecedência possível, além de tomar o mesmo cuidado na volta, já que os domingos dos dois últimos fins de semana de dezembro devem ser caracterizados por um movimento mais intenso.
Nesse contexto, é importante que quem viaja não apenas conheça as principais vias como também tenha uma noção do volume de veículos que elas costumam receber durante o período de festas de fim de ano. Veja a seguir quais são as rodovias brasileiras mais movimentadas durante esse período.
A BR-116 é a maior do País, com alguns trechos que se destacam por apresentar maior fluxo durante o verão. Prova disso é a Região Centro-Sul, onde estão concentrados alguns locais com frequentes engarrafamentos, o que pode aumentar o tempo gasto na viagem. Parte dos registros de lentidão é mais comum na Régis Bittencourt, trecho da BR-116 que liga São Paulo e Curitiba.
A rodovia recebeu 671 mil automóveis no último Natal e 617 mil no período do Réveillon. Esse último volume foi considerado 3% acima dos períodos normais. A Arteris Planalto Sul, que liga os Estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul pela BR-116, registrou a passagem de 182 mil veículos no último feriado de Natal e mais de 140 mil ao longo da virada de ano, segundo a concessionária.
Já a Presidente Dutra, trecho da mesma rodovia que une o Estado de São Paulo ao Rio de Janeiro, também registra maior circulação de automóveis. A BR-101, um importante eixo que interliga o litoral brasileiro, por sua vez, merece destaque na faixa litorânea de Santa Catarina.
As rodovias que ligam São Paulo ao litoral merecem atenção especial, já que o sistema Anchieta-Imigrantes costuma concentrar uma parte significativa do fluxo de carros durante esse período. Na operação versão 2021/2022, mais de 1 milhão de veículos passaram pelas estradas, segundo dados da Ecovias.
Dentro do estado, as rodovias Anhanguera e Bandeirantes, que ligam a capital ao interior paulista, apresentaram cenário semelhante. No mesmo período, elas receberam 648 mil automóveis no Natal e 542 mil durante a operação de Ano-Novo, de acordo com a AutoBan.
Para auxiliar na programação de motoristas, o Google Maps conta com recursos importantes, exibindo o trânsito em tempo real, indicando acidentes e auxiliando quem deseja desviar da área de rodízio de carros. Mais recentemente, a ferramenta também passou a exibir o valor dos pedágios em algumas localidades; esse serviço, que torna o planejamento do percurso nas estradas mais completo, deverá ser ampliado em breve.
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Segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), houve piora na qualidade das estradas brasileiras. Segundo a 25ª edição da Pesquisa de Rodovias, nos mais de 110 mil quilômetros quadrados analisados, 66% obtiveram má classificação. Enquanto as rodovias concedidas apresentam problemas em 31% da extensão, nas rodovias federais e estaduais essa taxa alcançou 75% da malha.
As estradas das Regiões Norte e Nordeste registraram os maiores valores para a classificação “péssimo”, com 15,1% e 9,5% das avaliações, respectivamente. Além disso, o documento aponta que o custo com acidentes superou o valor gasto em infraestrutura nas rodovias federais ao longo de 2022. Até agosto deste ano, o valor destinado a investimentos foi de R$ 3,90 bilhões, enquanto o custo em acidentes foi de R$ 8,29 bilhões.
A má condição das estradas preocupa não apenas por oferecer mais riscos de segurança, resultar em maior desgaste dos veículos e gerar mais gasto com combustível, mas também por acabar demandando altos investimentos, o que contribui para elevar o custo operacional do transporte. Por isso, acompanhar as operações feitas pelas concessionárias é importante para motoristas seguirem o trajeto com mais tranquilidade.
Planeje-se, tome cuidado na estrada e tenha um bom fim de ano!
Fonte: Estadão,CNT, Ecovias, Arteris, Autoban