Bicicletas elétricas estão em ascensão

5 de maio de 2021 3 mins. de leitura

Entenda a tendência que cresce na Europa e na América do Norte

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Ciclovias temporárias, incentivos para a compra de bikes e projetos de ruas abertas fizeram de 2020 um dos anos mais frutíferos para o mercado de bicicletas. Fugindo de aglomerações, muita gente aderiu a esse modal e, ao que parece, a mudança de hábito veio para ficar.

A tendência impactou também o segmento de bikes elétricas, que registrou alta principalmente em países do Hemisfério Norte. Segundo a empresa de pesquisa de mercado NPD Group, as vendas desse tipo de veículo cresceram 145% nos Estados Unidos, ultrapassando a comercialização de todas as bicicletas, que subiu 65%. Na Holanda, 400 mil unidades foram vendidas no ano passado, o que corresponde a 68% do total. 

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A bike comum é muito usada em trajetos curtos e, em rotas mais longas, tende a complementar a viagem, sendo combinada com ônibus, trens, metrôs e trechos a pé. A elétrica, por sua vez, é ideal para caminhos mais longos, o que faz desse modal uma “mão na roda” para quem trabalha longe de casa e quer evitar aglomerações. 

É por isso que várias empresas norte-americanas têm incentivado o uso de e-bikes e até distribuído vouchers entre seus funcionários. A Lyft, por exemplo, que atua em nove cidades dos Estados Unidos, incluindo Nova York e Chicago, beneficiou cerca de 30 mil funcionários essenciais com passes anuais. 

Boom no compartilhamento de bikes

Empresas de compartilhamento de bicicletas têm apostado no tipo elétrico. (Fonte: Shutterstock)
Empresas de compartilhamento de bicicletas têm apostado no tipo elétrico. (Fonte: Shutterstock)

O cenário atual tem ampliado o leque de produtos para usuários de bicicletas compartilhadas. Enxergando essa ascensão, empresas de micromobilidade de vários países têm eletrificado suas frotas: de acordo com a Associação Norte Americana de Compartilhamento de Bicicletas, já em 2019, 28% dos sistemas tinham e-bikes. 

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A pesquisa também mostrou que esses veículos eram mais usados que os convencionais. Além disso, há casos em que a eletrificação atraiu mais usuários. 

Sistemas municipais de compartilhamento de bicicletas têm aderido ao veículo elétrico, como na cidade americana de Charlotte, que passou a usar uma frota totalmente elétrica durante a pandemia. 

Serviço de compartilhamento de bikes elétricas tem levado muita gente a adquirir esse modelo. (Fonte: Shutterstock)
Serviço de compartilhamento de bikes elétricas tem levado muita gente a adquirir esse modelo. (Fonte: Shutterstock)

Há quem defenda até que o bikesharing elétrico está incentivando a compra de bicicletas próprias. “Poder experimentar uma e-bike por uma taxa muito baixa atrai as pessoas inicialmente a experimentá-la”, disse Helen Bradley, gerente geral da Madison BCycle, empresa de micromobilidade cujos veículos podem rodar de 48 quilômetros a 56 quilômetros com uma só carga mediante uma velocidade máxima de 27 quilômetros por hora.

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Se os sistemas de bicicletas compartilhadas se pretendiam chegar até a última milha, com essa ascensão, as possibilidades são maiores. Em um futuro não tão distante, as elétricas podem se tornar sérias concorrentes de modais que chegam mais longe, como ônibus e metrô. Resta saber se a moda vai pegar por aqui também.

Fontes: NY Times, Yellow Jersey

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