O que é rede urbana?

25 de fevereiro de 2022 5 mins. de leitura

Entenda o conceito de rede urbana e suas implicações na categorização das cidades

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Rede urbana é o conceito criado para designar as conexões e as relações que ocorrem em uma ou mais cidades por meio de influências e trocas econômicas, sociais, culturais e políticas. Essas ligações criam um conjunto articulado de cidades que podem se relacionar em níveis mundial, nacional e regional.

O grau de integração de uma cidade em uma rede urbana muitas vezes é indicativo do nível de desenvolvimento econômico e social do município. Cidades mais influentes conseguem ter maior disponibilidade de serviços e de produtos para a população.

São Paulo é uma rede urbana das mais bem conectadas da América Latina. (Fonte: Pexels/Reprodução)
São Paulo é uma rede urbana das mais bem conectadas da América Latina. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Países com melhores ligações entre diferentes polos urbanos, como estradas, aeroportos e hidrovias, também costumam ser mais desenvolvidos. Assim, com a urbanização e o êxodo rural, começaram a se formar centros urbanos no entorno das principais cidades, que já dominavam a oferta de empregos e serviços. Desse modo, a tendência nos países globalizados é o crescimento de grandes centros que acumulam a maior parte da população.

No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 11 centros urbanos concentram 60% da população. Esses espaços são formados por capitais e outras grandes cidades das regiões metropolitanas. 

Dos 5.570 municípios brasileiros, apenas 440 e o Distrito Federal fazem parte desses centros. Estes são formados em torno de São Paulo (SP) e do Rio de Janeiro (RJ), concentrando 18% da população do País.

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Dependendo do tamanho da oferta de serviços, produtos, mercadorias, infraestrutura e potencial de investimentos, as cidades que fazem parte de uma rede urbana são classificadas seguindo uma hierarquia. 

As cidades mais importantes do mundo têm a capacidade de atrair pessoas e empresas de qualquer região do globo para desfrutar de seus benefícios. Enquanto algumas cidades, por maiores que sejam, acabam tendo um impacto apenas regional ou nacional. 

Veja, a seguir, as classificações utilizadas para designar as cidades.

Centros regionais ou cidades médias

São cidades com poder de polarização regional. Normalmente são municípios maiores que concentram hospitais, escolas e outros itens de infraestrutura que atraem populações de pequenas cidades e vilas.

Metrópoles regionais

São os centros urbanos que já ganharam o status de metrópole por influenciarem os cenários econômico e social de uma região ou de um estado. Normalmente são cidades que funcionam como intermediárias no transporte de cargas ou pessoas para centros maiores. No Brasil, são exemplos de metrópoles regionais Goiânia (GO), Belém (PA) e Campinas (SP).

Metrópoles nacionais

São as cidades que polarizam a maior parte da vida política, cultural e econômica do país. Normalmente sua influência não atinge níveis globais, mas o acúmulo de serviços, empresas, indústrias e infraestrutura faz que esses locais influenciem diretamente outros pontos do país. No Brasil, são exemplos Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Brasília (DF).

Metrópoles globais

São as cidades cuja influência política e econômica perpassa o âmbito nacional. Mais do que pontos turísticos, as metrópoles globais concentram empresas de todo o mundo e representam seus países em diversos setores. No Brasil, são consideradas metrópoles globais São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente devido à importância delas no Mercado Comum do Sul (Mercosul).

Cidades globais

Algumas poucas cidades são consideradas globais pela influência que podem exercer no mundo inteiro. Esse é o caso de Nova York (EUA). Basta lembrar o ataque de 11 de setembro de 2001 e a influência desse acontecimento em toda a economia mundial para notar a importância dessa cidade. 

Normalmente essas cidades abrigam as principais bolsas de valores e mantêm uma infraestrutura de padrão internacional que atrai empresas e investimentos de todo o mundo. Os principais exemplos são Londres (Inglaterra), Berlim (Alemanha), Tóquio (Japão) e a já citada Nova York.

Megalópoles

Nova York, exemplo de megalópole e de cidade global. (Fonte: Pexels/Reprodução)
Nova York, exemplo de megalópole e de cidade global. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Outro conceito utilizado é megalópole, que tem uma conotação mais física, pois se refere às extensões geográficas em que duas ou mais metrópoles crescem tanto a ponto de se tocarem. 

Algumas regiões do planeta abrigam tantas cidades grandes que se pode viajar por quilômetros sem sair de centros urbanos. É o caso da costa leste estadunidense, que abriga as metrópoles Nova York, Filadélfia e Baltimore.

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Fonte: Mundo Educação, Brasil Escola, Toda Matéria, Universidade Federal de Goiás.

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