Saiba como surgiu o Bilhete Único e como ele facilita a mobilidade urbana
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Os moradores da maior cidade do Brasil já estão acostumados a ouvir o termo “Bilhete Único”, responsável por diminuir o tempo de espera em filas para entrar nas estações de transporte público. Além disso, oferece tarifas mais baixas e até isenções da taxa para quem precisa fazer mais de uma viagem em determinado período. Como quem está turistando em São Paulo pode não estar acostumado com o termo e com seu uso, a gente explica melhor!
Na prática, o Bilhete Único é um cartão que acumula créditos em dinheiro para o pagamento das taxas de transporte público. Basta aproximar o cartão do totem para que a catraca de ônibus e de estações de trem e metrô se abram.
E o cartão oferece mais benefícios do que a praticidade. Quem paga uma passagem de ônibus, por exemplo, pode pegar outros ônibus sem pagar outra tarifa dentro de determinado período. Se o usuário precisa fazer a integração com outro modal, as tarifas também são mais baixas do que se pagasse uma tarifa de ônibus e outra de metrô.
A primeira menção ao Bilhete Único em São Paulo foi em 1992, quando o então candidato a prefeito Eduardo Suplicy (PT) lançou a proposta como promessa de campanha. Suplicy não foi eleito, mas a ideia figurou no debate público nos anos seguintes. Em 1995, o projeto foi aprovado pela Câmara Municipal, mas vetado pelo então prefeito Paulo Maluf.
Apenas em 2004, durante a gestão de Marta Suplicy, o sistema foi colocado em prática. Inicialmente, o Bilhete Único permitia um número ilimitado de viagens dentro de duas horas depois do pagamento da primeira tarifa. Ao longo dos anos, ajustes e mudanças foram feitas até o modelo atual, que permite descontos com o uso de outros modais.
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Diversas cidades adotam sistemas semelhantes de cartões, passes ou bilhetes únicos. Um dos principais exemplos é o Octopus Card, em Hong Kong (China), que pode ser usado em qualquer meio de transporte público e tem o uso tão amplo que também é aceito para pagamentos em lojas, postos de gasolina, bibliotecas, serviços públicos e estacionamentos. Na Ásia, outro grande exemplo de cidade com uso de sistema de bilhete único é Seul, na Coreia do Sul.
Outras grandes megalópoles turísticas também adotam sistemas de cartão com descontos e vantagens para os usuários. Em Paris (França), o Navigo Card conecta todos os sistemas de transporte e até funciona para modais alternativos, como as bicicletas compartilhadas.
Em Londres (Inglaterra), o Oyster Card opera do mesmo modo e conecta ônibus, metrô e trens, que aboliram o pagamento das passagens em dinheiro. As taxas são bem mais baratas para quem usa o cartão do que para quem usa dinheiro, já que existe um sistema com valores diferentes de passagem de acordo com a zona para que se viaja dentro da cidade e os horários utilizados.
No Brasil, algumas cidades têm sistemas similares aos de bilhete único, como Campinas (SP); Fortaleza e Cariri (CE); Rio de Janeiro, Niterói, Araruama e Petrópolis (RJ).
Fonte: Mobilidade Sampa, Diário do Transporte, Transurc, SP Trans, Rio Bilhete Único, Quicko.