Entenda como a escolha do pavimento deve ser realizada com base na aplicação dele
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A preocupação com a qualidade da pavimentação das vias é recorrente entre motoristas, principalmente em dias de chuva, quando fissuras e buracos aparecem e prejudicam o tráfego, oferecendo o risco de danificar os veículos.
Nesse sentido, é importante compreender quais são as características e as principais diferenças entre os dois principais tipos de pavimentação utilizados, que são o asfáltico e o de concreto.
O pavimento asfáltico, de tipo flexível, é o mais adotado na composição das vias brasileiras. Caracterizado por apresentar relativa estabilidade e menor rugosidade, é composto de camadas revestidas que deixam a pista mais lisa.
Essa vantagem, que possibilita a adequação a diversos usos, torna-o uma opção com bom custo-benefício. Além disso, a pavimentação flexível de asfalto não exige que sejam incorporadas juntas de dilatação e de alívio de tensão na estrutura, uma vez que o peso dos veículos acaba sendo distribuído nas camadas internas.
A manutenção demanda atenção especial ao preparo da base, devendo ocorrer periodicamente; do contrário, a pista acaba não suportando a carga recebida. De olho nisso, há obras que se iniciam logo após a virada do ano, a exemplo da cidade de São Paulo (SP).
Na capital paulista, segundo a prefeitura, já nos primeiros dias de 2023, foram recapeados mais de 172 mil metros de asfalto na cidade. Até 2024, deverão ser reparados mais de 20 milhões de metros quadrados tanto com pavimentação asfáltica quanto com a de concreto.
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Esse modelo de pavimento rígido, em comparação com o asfáltico, apresenta maior durabilidade, sendo ideal a adoção em vias com maior fluxo de veículos pesados, como caminhões e ônibus.
No entanto, por ser constituído de materiais menos flexíveis, acaba recebendo de forma mais intensa os impactos sofridos. Além disso, a presença de calor pode fazer o material se dilatar. Já sob temperaturas mais baixas, a contração ocorre.
Por esse motivo, o uso de juntas de dilatação é útil para atenuar o impacto e evitar a presença de deformações na superfície. O custo mais elevado, então, é consequência direta desses fatores.
Considerando os pontos positivos e os negativos, pode-se concluir que ambos apresentam vantagens significativas e se adéquam a finalidades distintas. Na busca por eficiência, a construção civil tem procurado soluções alternativas, a exemplo do emprego da pavimentação asfáltica na confecção de concreto.
No modelo de pavimentação semirrígida, que alia a durabilidade do pavimento de concreto ao menor tempo na conclusão da aplicação no preparo do asfalto, há menos custos envolvidos na implementação. Outra vantagem é a sustentabilidade, já que o modelo permite o reaproveitamento de resíduos de asfalto.
Fonte: UFRN, UFJF, Estadão, Prefeitura de São Paulo