Fiat se uniu à startup Archer para desenvolver carros voadores com autonomia de 100 km e velocidade máxima de 240 km/h
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Carros voadores vêm despertando o interesse da indústria automobilística tradicional. Depois de Toyota, Hyundai e General Motors, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) anunciou sua entrada no mercado de mobilidade urbana aérea com o lançamento de sua primeira aeronave elétrica de decolagem e aterrissagem vertical (eVTOL) ainda em 2021.
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O grupo ítalo-americano fechou um acordo com a startup Archer para acelerar o desenvolvimento de um veículo capaz de viajar 100 quilômetros a uma velocidade máxima de 240 quilômetros por hora, movido por uma bateria com capacidade utilizável de 143 quilowatts-hora. A parceria vai permitir a redução significativa de gastos com produção ao possibilitar que a startup acesse a cadeia de suprimentos de baixo custo da FCA.
De acordo com a Morgan Stanley, a mobilidade aérea sustentável deve movimentar US$ 1,5 trilhão em 2040. “A eletrificação no setor de transporte, nas estradas ou no ar, é o futuro e, com qualquer tecnologia nova e em rápido desenvolvimento, a escala é importante”, disse Doug Ostermann, vice-presidente e chefe de desenvolvimento de negócios globais da FCA.
A parceria entre a Fiat e a Archer já existe há cerca de um ano. Até então, o trabalho conjunto das duas empresas resultou na inclusão de elementos de design e ergonomia de passageiros da FCA e peças como maçanetas e cintos de segurança provenientes da cadeia de suprimentos da montadora. O novo acordo amplia essa colaboração.
Uma equipe de 300 engenheiros do grupo da FCA deve trabalhar com a Archer em áreas-chave, como compostos avançados, ruído, vibração e aspereza, em que a experiência da montadora agregará valor significativo ao cronograma de desenvolvimento de produtos da startup. A companhia também poderá colaborar com células de bateria e motores elétricos.
A Archer pretende iniciar voos de teste de uma versão menor de sua aeronave de dois lugares no primeiro semestre deste ano. Sua meta é começar a fabricação em massa da última aeronave de cinco lugares em 2023 e lançar um serviço de táxi aéreo de passageiros em Los Angeles e Miami (EUA) em 2024.
Essa velocidade de desenvolvimento pode não ser alcançada, segundo alerta John Hansman, professor aeroespacial do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Os fabricantes precisam obter a certificação de produção para todas as peças de uma aeronave para mostrar que estão de acordo com os padrões aeroespaciais de força, vibração e resistência a corrosão, entre outros critérios, e precisam da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) para aprovar a solidez de toda a fabricação.
Embora as montadoras possam ter a experiência de produção em massa que falta aos fabricantes de aeronaves, não está claro até onde sua ajuda irá, uma vez que seus métodos e seus produtos não atendem aos rigorosos padrões de segurança da aviação. Mas fundadores da Archer discordam: “Acreditamos que o Archer será um dos primeiros, senão o primeiro veículo, a chegarem ao mercado”, concluiu Brett Adcock.
Fonte: Stellatis Press, EVTOL News, Archer
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