Saiba como funciona o piloto automático automotivo e como essa funcionalidade está sendo desenvolvida
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Com o aumento da tecnologia embarcada nos veículos devido à preferência das montadoras pela venda de modelos mais caros, a função de piloto automático está se tornando cada vez mais popular. Carros que oferecem essa opção ajudam a descansar e aliviar a tensão da direção em diferentes momentos do deslocamento.
Quem já encarou uma viagem longa de carro sabe o quanto pode ser cansativo manusear o acelerador para manter uma velocidade constante na pista. Como solução, diferentes marcas lançaram opções de piloto automático.
Essa funcionalidade, também chamada de controlador de velocidade de cruzeiro (cruise control, speed control ou autocruise), é um modo de manter uma velocidade predeterminada no veículo sem a necessidade de pisar nos pedais.
As primeiras opções de piloto automático exigiam que o motorista atingisse a velocidade desejada e depois ligasse o serviço, que poderia ser acionado por um botão ou uma alavanca perto do volante. O veículo, então, mantinha a velocidade, independentemente de aclives ou declives na pista.
Hoje, o desligamento do piloto automático varia de acordo com o modelo e a marca do veículo, mas, em geral, é preciso pisar firme no acelerador ou no freio para desativar o cruise control. Em carros de transmissão manual, normalmente é necessário pisar fundo na embreagem.
Com o avanço da tecnologia, tornou-se possível definir a velocidade desejada para a viagem manualmente. Entre as vantagens do uso do controle de velocidade de cruzeiro estão a possibilidade de o motorista poder relaxar em longas viagens, não levar multas por excesso de velocidade e ainda evitar acidentes. Além disso, o sistema otimiza a viagem, ajudando a economizar combustível.
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A evolução desse sistema veio com o piloto automático adaptativo, cuja tecnologia de sensores e radares nos carros permitiu novas funcionalidades. Nessa modalidade, o veículo calcula a distância ideal a ser mantida em relação a outros veículos na pista. Assim, se o carro da frente frear, o piloto automático freia e mantém uma distância segura.
Os modelos mais avançados contam com a opção Stop-and-Go, que faz o carro parar e recomeçar a andar automaticamente, conforme acompanha o tráfego. E as inovações não param por aí. O futuro prepara viagens com piloto automático cada vez mais seguras para motoristas e passageiros.
Um dos destaques é a tecnologia da norte-americana Tesla. Alguns modelos da empresa, como o Model S, já podem fazer quase tudo que um motorista faz. Com o escaneamento da pista e a integração da comunicação com satélites, o veículo se mantém na faixa, faz curvas, ajusta a velocidade e evita colisões. Quando a seta é acionada, o carro muda de faixa automaticamente. Como se isso não fosse o suficiente, o modelo ainda procura vagas ao fim do trajeto e estaciona. Se precisar, realiza até mesmo a baliza.
Apesar dos avanços, a popularização de carros totalmente autônomos deve demorar. A indústria divide os níveis de automação de veículos em seis níveis, sendo zero referente a nenhuma automação, dirigido por humanos, enquanto o cinco representa a automação máxima. Nesse nível, o veículo seria capaz de iniciar e completar um trajeto sem a ajuda de nenhum humano, nem remotamente.
Segundo a Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos (NHTSA), entre julho de 2021 e maio de 2022, houve 367 ocorrências com carros com tecnologia de direção autônoma. Desses acidentes, 273 envolveram veículos da Tesla, os mais populares no segmento, causando a morte de 18 pessoas.
Os acidentes e o custo para resolver os problemas inerentes à automatização completa dos veículos frearam os investimentos no setor. Por enquanto, a tecnologia não é capaz de dar uma solução tão efetiva quanto o cérebro humano na avaliação de situações e na tomada de decisão e adaptação rápida, principalmente nas grandes cidades, onde os veículos dividem espaço com pedestres, ciclistas e diversos outros elementos físicos que dificultam a leitura do ambiente.
Fonte: Bidu, Moura, Delta Fiat, Mobilidade Estadão, Olhar Digital, Automotive Business
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