Piloto automático: o que é e expectativas para o futuro

9 de fevereiro de 2023 5 mins. de leitura

Saiba como funciona o piloto automático automotivo e como essa funcionalidade está sendo desenvolvida

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Com o aumento da tecnologia embarcada nos veículos devido à preferência das montadoras pela venda de modelos mais caros, a função de piloto automático está se tornando cada vez mais popular. Carros que oferecem essa opção ajudam a descansar e aliviar a tensão da direção em diferentes momentos do deslocamento.

Quem já encarou uma viagem longa de carro sabe o quanto pode ser cansativo manusear o acelerador para manter uma velocidade constante na pista. Como solução, diferentes marcas lançaram opções de piloto automático.

O que é piloto automático automotivo?

Essa funcionalidade, também chamada de controlador de velocidade de cruzeiro (cruise control, speed control ou autocruise), é um modo de manter uma velocidade predeterminada no veículo sem a necessidade de pisar nos pedais.

As primeiras opções de piloto automático exigiam que o motorista atingisse a velocidade desejada e depois ligasse o serviço, que poderia ser acionado por um botão ou uma alavanca perto do volante. O veículo, então, mantinha a velocidade, independentemente de aclives ou declives na pista.

Hoje, o desligamento do piloto automático varia de acordo com o modelo e a marca do veículo, mas, em geral, é preciso pisar firme no acelerador ou no freio para desativar o cruise control. Em carros de transmissão manual, normalmente é necessário pisar fundo na embreagem.

Com o avanço da tecnologia, tornou-se possível definir a velocidade desejada para a viagem manualmente. Entre as vantagens do uso do controle de velocidade de cruzeiro estão a possibilidade de o motorista poder relaxar em longas viagens, não levar multas por excesso de velocidade e ainda evitar acidentes. Além disso, o sistema otimiza a viagem, ajudando a economizar combustível.

Carro com opção de cruise control. (Fonte: Pixabay/Reprodução)

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Desenvolvimento do sistema

A evolução desse sistema veio com o piloto automático adaptativo, cuja tecnologia de sensores e radares nos carros permitiu novas funcionalidades. Nessa modalidade, o veículo calcula a distância ideal a ser mantida em relação a outros veículos na pista. Assim, se o carro da frente frear, o piloto automático freia e mantém uma distância segura.

Os modelos mais avançados contam com a opção Stop-and-Go, que faz o carro parar e recomeçar a andar automaticamente, conforme acompanha o tráfego. E as inovações não param por aí. O futuro prepara viagens com piloto automático cada vez mais seguras para motoristas e passageiros.

Um dos destaques é a tecnologia da norte-americana Tesla. Alguns modelos da empresa, como o Model S, já podem fazer quase tudo que um motorista faz. Com o escaneamento da pista e a integração da comunicação com satélites, o veículo se mantém na faixa, faz curvas, ajusta a velocidade e evita colisões. Quando a seta é acionada, o carro muda de faixa automaticamente. Como se isso não fosse o suficiente, o modelo ainda procura vagas ao fim do trajeto e estaciona. Se precisar, realiza até mesmo a baliza.

Dificuldades de automatização total

Apesar dos avanços, a popularização de carros totalmente autônomos deve demorar. A indústria divide os níveis de automação de veículos em seis níveis, sendo zero referente a nenhuma automação, dirigido por humanos, enquanto o cinco representa a automação máxima. Nesse nível, o veículo seria capaz de iniciar e completar um trajeto sem a ajuda de nenhum humano, nem remotamente.

Exemplo de veículo autônomo na Alemanha. (Fonte: Pixabay/Reprodução)

Segundo a Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos (NHTSA), entre julho de 2021 e maio de 2022, houve 367 ocorrências com carros com tecnologia de direção autônoma. Desses acidentes, 273 envolveram veículos da Tesla, os mais populares no segmento, causando a morte de 18 pessoas.

Os acidentes e o custo para resolver os problemas inerentes à automatização completa dos veículos frearam os investimentos no setor. Por enquanto, a tecnologia não é capaz de dar uma solução tão efetiva quanto o cérebro humano na avaliação de situações e na tomada de decisão e adaptação rápida, principalmente nas grandes cidades, onde os veículos dividem espaço com pedestres, ciclistas e diversos outros elementos físicos que dificultam a leitura do ambiente.

Quer saber mais? Confira aqui a opinião e a explicação de nossos parceiros especialistas em Mobilidade.

Fonte: Bidu, Moura, Delta Fiat, Mobilidade Estadão, Olhar Digital, Automotive Business

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