Serviço Geológico do Brasil aponta que mais de 3,9 milhões de pessoas estão em áreas de risco
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A gestão territorial do Brasil desempenha um papel estratégico na implantação de medidas de prevenção de desastres, principalmente quando são consideradas a grande extensão territorial e as diferenças de cenários entre as regiões. Nesse sentido, o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) tem ação de destaque na obtenção de dados.
O levantamento das áreas de risco geológico no País é um dos trabalhos que tem sido realizados há dez anos pelo órgão que está há 53 anos em operação. Ao longo desse período, o serviço permitiu mapear mais de 1,6 mil cidades brasileiras, além de classificar 13,5 mil localidades.
Para que uma área seja considerada de risco, são avaliados diferentes aspectos, como geografia, clima e suscetibilidade. Uma equipe com cerca de 1,6 mil pessoas atua na obtenção de dados com levantamentos que são direcionados a órgãos públicos, o que exige acompanhamento constante.
O levantamento realizado pelo órgão destaca que 4.078 áreas apresentam risco muito alto, o que corresponde a 30,04% do total. Já as de risco alto são 9.497, alcançando 69,96%. Entre os incidentes que representam maior perigo estão deslizamentos, inundações, erosão e enxurrada.
Outro dado que merece destaque é o fato de mais de 3,9 milhões de pessoas estarem nas áreas de risco. Os Estados com os índices mais preocupantes são Santa Catarina (com 2,9 mil áreas de risco), Minas Gerais (2,8 mil), Espirito Santo (1 mil), São Paulo (848) e Pará (819). Os municípios que lideram o ranking de risco são Ouro Preto (313), Nova Friburgo (254), Brusque (199), Jaboatão dos Guararapes (193) e Joinville (140).
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Esse serviço permite tanto a tomada de ações para proteger as populações que habitam as regiões de risco quanto a atuação em casos de desastre, fornecendo apoio técnico para outros órgãos, como a Defesa Civil Municipal.
Com o objetivo de obter um panorama mais completo, o órgão atua para ampliar a cobertura das cidades brasileiras, além de atualizar os levantamentos e os estudos realizados. O trabalho de pesquisadores é realizado em campo, considerando também o histórico de eventos de determinada área e a avaliação das construções ao redor.
Fonte: Serviço Geológico do Brasil