O modelo de bicicleta que dispensa freio e não tem marchas ganha adeptos no Brasil. Saiba mais sobre a bike fixa
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Você arriscaria usar uma bike sem marcha e sem freio? Um número significativo de ciclistas fazem isso todos os dias. Afinal, essa é uma das características da bike fixa.
Saiba mais sobre esse tipo de bicicleta e veja se ela é ideal para você.
Não bastasse não ter marcha e não precisar de freio, a bike fixa tem outra particularidade: a roda não gira se você não estiver pedalando. Ou seja, mesmo descendo a ladeira, ela pode parar.
Esse, aliás, é o mecanismo dos freios. A ideia é simples: pedal parado, rodas paradas. Então, em uma descida, basta diminuir o ritmo do pedal que a bike para junto, sobretudo em terrenos planos. Mas alguns ciclistas (em geral, quando iniciam o uso da bike fixa) colocam freios para auxiliar nesse processo.
Caso queira utilizá-la sem freio, poderá obter vantagens. A primeira é o fato de essa bike ser magrela de verdade: ela pode ter até 5kg a menos que as comuns, equipadas com frio, marchas, correntes e o combo todo. E, por ter menos peças, requer menos manutenção, outro ponto relevante.
Reza a lenda que foi assim que a bike surgiu: os entregadores que usavam bikes em trajetos urbanos curtos queriam menos peso, menos custo de manutenção e também afugentar ladrões. Afinal, quanto menos peças, menos atraentes elas seriam para os espertinhos.
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Você pode estar pensando: bike estranha, de gente esquisita. Bom, isso tem lá uma parcela de verdade. A bike fixa surgiu em Nova York, São Francisco e Londres e logo se tornou comum em um nicho bem alternativo de ciclistas, dispostos a se espremer entre os carros e usar apenas o corpo para correr contra o tempo.
Uma marca das bicicletas desse tipo são as cores: elas costumam ser diferentonas tanto no peso, quanto na estética. Despojadas, recebem tons vibrantes (cor de marca-texto, em bom português). E seus bikers também arrasam no visu: o que a bike economiza de acessórios, eles usam e abusam, a exemplo dos piercings e tatuagens.
Mas hoje, mais popular mesmo aqui no Brasil, ela é usada por gente comum, gente como a gente. É isso mesmo, você não precisa usar cores fortes e ter a pele toda desenhada pra mandar ver na bike fixa. Nem precisa fazer loucuras no trânsito, ok?
Não tem segredo na hora de escolher sua bike fixa. Se você quiser conhecer essa bicicleta, vale a mesma regra das demais: é legal conversar com alguém que já pedale ou procurar uma loja especializada. Mas a gente pode dar umas dicas iniciais para você se ambientar nesse universo.
Vamos começar pelo material do quadro: tal como ocorre nas bicicletas tradicionais, você pode escolher entre aço, alumínio ou carbono. E a lógica é a mesma: o aço é sólido, mas é mais pesado e enferruja. É uma opção ok. Já o alumínio é mais leve e dinâmico, sobretudo para quem busca a leveza da bike fixa. E, embora caro, o carbono é ideal: rígido como o aço, mais leve que o alumínio.
Em relação às peças, não tem lá muitos pré-requisitos. É bom caprichar no pedivela, na corrente e no pinhão parafusado. Mas, a partir daí, você pode dar o seu tom pessoal. A ideia da bike fixa é justamente permitir sua curiosidade nos modelos, cores e formatos das peças.
Mais que pedalar, a ideia é que você faça uma curadoria do mundo das bikes, experimentando coisas novas, trocando peças, inserindo e alterando detalhes. É um trabalho bem artesanal. Por isso, é bacana conhecer quem já é desse meio e trocar experiências. Go, fixa!
Fontes: Pedal.com, Amo Bicicleta, Bike Magazine, Pedaleria, Bike registrada