Como a indústria automobilística pode ajudar a combater acidentes

31 de maio de 2022 4 mins. de leitura

Entenda como o setor trabalhou para reduzir os efeitos dos acidentes no trânsito e quais são as tendências para o futuro

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Com o tempo, muitas pesquisas de órgãos públicos e da indústria automobilística apontaram melhorias que poderiam ser implementadas nas vias, na sinalização e nos veículos para aumentar a segurança. Hoje, o número de acidentes fatais diminuiu drasticamente em diversos países e, quanto mais rígida é a legislação de trânsito, menores são os números de acidentes e mortes. Mas quais foram as medidas tomadas pela indústria automobilística que fizeram o trânsito se tornar mais seguro e quais são os passos que as montadoras devem seguir para aumentar essa tendência?

Apesar de todos os avanços no quesito segurança, o erro humano é um fator que não pode ser excluído das fórmulas de acidentes. Dados do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) mostram que, no Brasil, 90% dos acidentes de trânsito são causados por falha humana. Índices parecidos são constatados nos Estados Unidos e em países europeus em diferentes estudos. Sabendo disso, a indústria automobilística sempre destinou grande parte do orçamento para pesquisar maneiras de reduzir as fatalidades e os ferimentos provocados em acidentes.

O cinto de segurança é um dos principais itens para evitar acidentes fatais. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Algumas tecnologias antigas ainda são fundamentais, como o cinto de segurança, mas o avanço tecnológico torna as melhorias cada vez mais seguras, então os carros mais recentes têm cintos de segurança com maior adesão ao veículo. Além disso, a evolução da tecnologia e do funcionamento de itens como freios, pneus e amortecedores transformou a segurança dos veículos.

Com avanços em pesquisas e tecnologias, foi descoberta a importância dos airbags. Apesar de o item ser usado em todo o mundo, só se tornou obrigatório em todos os veículos que saem de fábrica no Brasil em 2014. Atualmente, airbags laterais também são unanimidade entre as montadoras.

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Carro bom era o de antigamente

Diversos vídeos circulam nas redes sociais mostrando como em colisões de carros novos com carros antigos são os novos que sofrem a maior parte dos danos. Muita gente entende isso de maneira errada, achando que os automóveis de antigamente é que eram bons, porém é importante destacar que os modelos atuais se deformam mais facilmente por um bom motivo.

A indústria automobilística emprega a tecnologia conhecida como “zonas de deformação programada” para fazer a força do impacto se dissipar e não afetar diretamente os passageiros. Algumas estruturas são programadas para se desmanchar, diminuindo a probabilidade de que motorista e passageiros fiquem presos nas ferragens.

Carros modernos se deformam mais facilmente em acidentes para evitar a transferência da força do impacto para os passageiros. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Em um estudo da Administração Nacional de Segurança Rodoviária dos Estados Unidos (NHTSA), foram analisados acidentes de trânsito entre 1997 e 2007, revelando que a taxa de óbitos caiu de 17,81 para 10,05 mortes a cada 100 mil acidentes. A pesquisa também mostrou que os carros da década de 1950 tinham 56% mais chances de causar acidentes com mortes do que os modelos com fabricação a partir de 2012.

Tendências para o futuro

Em um futuro não tão distante, a conectividade e a automatização dos veículos serão responsáveis por diminuir ainda mais as falhas humanas no trânsito. De diversas maneiras isso já acontece nos países mais ricos, mas muito ainda está em fase de testes. Veículos conectados poderão, entre outras ações, reduzir a velocidade, frear automaticamente em caso de colisão eminente e até chamar ajuda quando o motorista parecer inconsciente.

Carros autônomos também são uma tendência em pleno desenvolvimento, e a capacidade de obedecer 100% das regras de trânsito deve diminuir ainda mais as chances de acidentes fatais.

Nesse sentido, estudos demonstram que o limite de velocidade de 30 quilômetros por hora em áreas urbanas reduz em 27% o número de acidentes e em 70% o número de mortes. Então, ter veículos que não possam desrespeitar os limites legais impostos é uma garantia de segurança para motoristas, passageiros e pedestres.

Quer saber mais? Confira aqui a opinião e a explicação de nossos parceiros especialistas em Mobilidade.

Fonte: Marangoni, Icetran, Instacarro, WRI Brasil.

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